Para o médium e colunista de A TARDE José Medrado, Divaldo Franco, que morreu nesta terça-feira, 13, aos 98 anos, é a segunda maior referência do movimento espírita brasileiro de todos os tempos, ficando atrás apenas de Chico Xavier, um dos mais importantes líderes do espiritismo, morto no dia 30 de junho 2002. “Ele foi um inspirador para muitos palestrantes iniciais. Então, é um ciclo que se fecha dentro do movimento espirita nacional, inclusive, porque os posicionamentos dele não eram assim, posicionamentos abraços pela totalidade do movimento. Mas, ele era efetivamente uma referência muito forte, principalmente, pela trajetória dele de mais de 70 anos de pregação”, afirmou o idealizador e fundador da Cidade da Luz.Medrado recebeu a notícia da morte do fundador da Mansão do Caminho com serenidade, pois, segundo ele, o próprio médium já vinha se preparado para o desencarne.”Ele vinha mesmo dizendo, há algum tempo, que já estava realmente se preparando para partir. Então, ele já vinha falando a respeito disso”, explicou o também palestrante.
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Lacuna no movimento espírita?Questionado se a morte de Divaldo deixará uma lacuna a ser preenchida no movimento espírita, Medrado respondeu que não, já que o “Semeador de Estrelas” foi único e seu legado e ensinamentos ficarão para sempre.”Honestamente, não. Sabe por quê? Eu vou lhe dizer, o espiritismo não é hierarquizado, os trabalhadores são autônomos nas suas funções, nos seus ofícios de pregação e, inclusive, na conduta das suas instituições. Então, não existe substituir ou substitutos. Quando o Chico também desencarnou, [perguntaram]: e aí quem vai [substituir?]. Não existe uma lacuna a ser preenchida”, concluiu ele.