Bronquiolite: saúde orienta aos cuidados preventivos para evitar a doença

Estimated reading time: 4 minutos

Ela começa com um resfriado simples; as tosses aumentam e passam a ficar constante; a respiração também fica ofegante e acomete principalmente crianças menores de dois anos. Ela é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos, pequenas vias áreas dos pulmões.

A bronquiolite é causada principalmente por infecções virais, sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) o agente infeccioso mais comum associado a essa condição. No entanto, outros vírus respiratórios também podem desencadeá-la, como adenovírus, vírus parainfluenza, vírus influenza, rinovírus, entre outros. Existem dois tipos principais de bronquiolite: a viral e a obliterante que é uma doença pulmonar crônica que afeta mais os adultos.

O médico e diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Fernando Pedrotti, comenta que a bronquiolite é mais comum no outono e no inverno, quando aumenta a circulação dos vírus respiratórios. “É uma época que vai ocorrer mais casos”.

Os vírus que causam a bronquiolite podem passar de uma pessoa para outra ao serem liberados nas gotículas de saliva ou secreções nasais de uma pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar e inalados por outras pessoas, o que permite a sua multiplicação nas vias aéreas.

SINTOMAS – Os principais sintomas da bronquiolite viral são febre, obstrução nasal, coriza clara, tosse, cansaço, dificuldade para respirar e chiado no peito. O médico alerta que um quadro mais grave pode levar até a criança ficar gemendo e com as extremidades dos lábios e dedos arroxeados.

A bronquiolite pode ser perigosa. Em recém-nascidos, bebês e crianças menores de dois anos, a doença pode agravar-se, levando a sintomas mais severos e exigindo acompanhamento médico ou internação hospitalar. As principais complicações incluem pneumonia, desidratação e insuficiência respiratória.

CUIDADOS – O médico Fernando Pedrotti enfatiza que a prevenção é fundamental para evitar a doença e suas complicações. Manter ambientes abertos e bem ventilados e evitar aglomerações. Evitar contato direto com outras pessoas quando estiver resfriado ou gripado e usar máscara para evitar a transmissão dos vírus respiratórios para as demais pessoas, é principalmente para bebês e crianças pequenas, que são mais vulneráveis.

“Também é extremamente importante lavar regularmente as mãos para prevenir a propagação de vírus respiratórios; e ao tossir deve-se cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável”, explica.

Pedrotti pontua que estar com as vacinas em dia também contribui para evitar as complicações. “Lembrando que a vacina da Influenza está indicada para crianças a partir dos seis meses de idade”.

No último sábado (10), durante a mobilização do Dia D da 27ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza foram aplicadas 4.409 doses da vacina trivalente contra a Influenza, que protege contra os principais tipos do vírus da gripe e previne complicações respiratórias graves.

PREVENÇÃO – No âmbito da 20ª Regional de Saúde, o médico e diretor Fernando Pedrotti esclarece que os atendimentos de casos ainda estão dentro da normalidade. “Mas esperamos um aumento de casos nessa época. A variação de temperatura, a variação de umidade relativa do ar podem aumentar a circulação viral. E é claro que causa preocupação porque nem todas as pessoas estão com as suas vacinas em dia. É fundamental manter o quadro vacinal, porque os grupos prioritários para vacinar são exatamente aqueles grupos que têm mais risco de evoluir para complicações e até mesmo para o óbito, Esse cuidado é fundamental”, conclui.

Da Redação

TOLEDO

O post Bronquiolite: saúde orienta aos cuidados preventivos para evitar a doença apareceu primeiro em Jornal do Oeste.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.