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A fala é enaltecida por João Galassi, presidente da Abras, que argumenta que nem os modelos 6×1, 5×2 ou 4×3 atendem mais aos interesses dos trabalhadores.“O que é melhor para os nossos colaboradores é a liberdade de poder escolher sua jornada de trabalho. Isso só será possível com a liberdade de ser contratado por hora”, defendeu.Segundo Galassi, o contrato por hora não só traz benefícios ao trabalhador, como também ao empregador. Ele garante que a modalidade pode ser formalizada com carteira assinada, mantendo os direitos trabalhistas proporcionais, como férias, FGTS e 13º salário.Além disso, afirma que o modelo oferece ao funcionário a possibilidade de decidir sua própria carga horária de acordo com seus objetivos pessoais. “Ela tem que ter o direito de garantir sua ambição pessoal, de escolher se quer ganhar mais ou menos. É o mesmo princípio da flexibilidade dos motoristas de aplicativo”, comparou.Entidades apontam riscos sobre regime de trabalhoApesar do entusiasmo do setor supermercadista, o contrato por hora não é consenso. A modalidade está prevista na reforma trabalhista de 2017, que foi confirmada como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2024. No entanto, entidades que representam categorias como frentistas e operadores de telemarketing continuam críticas ao modelo.Para essas organizações, o contrato intermitente, modalidade que permite pagamento por hora ou dia trabalhado, favorece a precarização do trabalho, com rendimentos abaixo do salário mínimo e dificuldade para mobilização sindical.Críticos apontam ainda que a imprevisibilidade da renda mensal dificulta o planejamento financeiro do trabalhador.