O treinador italiano Carlo Ancelotti, de 65 anos, assumirá o comando da Seleção Brasileira a partir de 26 de maio, tornando-se o primeiro treinador estrangeiro a dirigir a equipe nacional e o mais bem pago do mundo entre outros treinadores de seleção. A contratação foi anunciada nesta segunda-feira (12), confirmada por Ednaldo Rodrigues.
A CBF contratou Ancelotti para comandar o Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México. O objetivo é conquistar o sexto título mundial para a seleção pentacampeã, que não vence o torneio desde 2002.
Para garantir a contratação do italiano, a entidade ofereceu um pacote salarial de R$ 60 milhões anuais, o que equivale a R$ 5 milhões mensais. Este valor se aproxima do que Ancelotti recebia no Real Madrid e representa quase o dobro do salário de Tite, que dirigiu o Brasil nas Copas de 2018 e 2022.
Com esta remuneração, o italiano se torna o técnico de seleção mais bem pago do mundo, superando Thomas Tuchel, da Inglaterra, que recebe R$ 3,1 milhões por mês, e Mauricio Pochettino, dos Estados Unidos, com salário de R$ 2,8 milhões mensais.
O contrato também inclui uma cláusula de aumento automático de 20% na remuneração caso o Brasil alcance as semifinais da Copa do Mundo de 2026, além de benefícios como aluguel de imóvel no Rio de Janeiro, plano de saúde internacional e seguro de vida.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, autorizou este investimento expressivo para trazer um profissional internacionalmente respeitado e com vasto histórico de conquistas, para superar a crise técnica que afeta a equipe nacional. A contratação ocorre em um momento crítico para a seleção brasileira, que ocupa apenas a quarta posição nas Eliminatórias para o Mundial de 2026, dez pontos atrás da líder Argentina.
Carreira de Ancelotti
Ancelotti traz um currículo notável para a seleção. É o único técnico com quatro títulos da Champions League (dois pelo Milan e dois pelo Real Madrid) e conquistou troféus nacionais nas cinco principais ligas europeias: Itália (Milan), Inglaterra (Chelsea), França (PSG), Alemanha (Bayern) e Espanha (Real Madrid), somando mais de 25 taças em sua carreira.
O italiano também é reconhecido por sua capacidade de desenvolver jogadores. Sob sua liderança, quatro atletas foram eleitos os melhores do mundo: Shevchenko (2004, Milan), Kaká (2007, Milan), Cristiano Ronaldo (2014, Real Madrid) e Benzema (2022, Real Madrid).