Canal Flu Press receberá o ídolo do Fluminense, Edinho, nos “50 anos da Máquina Tricolor”

Foto: Fluminense Campeão Carioca de 1980
Foto: Fluminense Campeão Carioca de 1980

Lucio Massafferri Salles*, Pragmatismo Político

Há jogadores que possuem virtudes que se destacam nos gramados, à medida que apresentam, também, personalidade e capacidade de unir épocas. Edinho é um deles.
Ídolo absoluto da torcida tricolor, Edino Nazareth Filho não se limita às estatísticas ou às conquistas – embora não lhe faltem –, mas à rara condição de ter sido personagem fundamental em duas das mais marcantes gerações da história do Fluminense.
Minha geração, aquela que hoje está entre os 50 e 60 anos, testemunhou o surgimento de Edinho ainda nos tempos da “Máquina Tricolor” (1975-1977), quando o jovem zagueiro começou a dividir o gramado com lendas como Félix, Rivellino, Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju, Gil e Marco Antônio.
Edinho – o maior zagueiro da história tricolor
Era o começo de uma trajetória que anunciava algo especial: Edinho não era apenas mais um naquele time de estrelas. Tinha a rara versatilidade de quem cresceu jogando futebol de praia em Copacabana – onde aprendeu a sair jogando, a criar jogadas e, quando necessário, entrar firme ou decidir com a frieza de um veterano.
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Quando a “Máquina Tricolor” se desfez, coube a ele a missão de ser uma ponte para um novo tempo.
Edinho liderou uma geração jovem e talentosa que, em 1980, deu à torcida o gosto de um Campeonato Carioca conquistado em cima do Vasco da Gama, de Roberto Dinamite, com direito a gol de falta seu, sob chuva intensa, no Maracanã.

Canal Flu Press recebe o ídolo do Fluzão, Edinho, nos 50 anos da Máquina Tricolor

Naquele ano de 1980, o time respirava a pura identidade tricolor: garra, técnica e uma pitada de improviso e sorte que só os grandes possuem.
O mesmo espírito que ecoava nas arquibancadas com o canto de “A benção, João de Deus” – hino nascido semanas antes (26/10/1980), em outra vitória épica contra o rival Vasco, em uma decisão nos pênaltis (4 x 1 [1 x 1]), com o saudoso goleiro Paulo Goulart brilhando e pegando tudo.
Em outubro de 1980, o hino “A benção, João de Deus” ganhou as arquibancadas do Maracanã
Sua partida para o italiano Udinese, em meados de 1982, não foi um adeus, mas um ponto de virada.
Hoje, já tecido e consolidado o fio da memória, vê-se que a saída de Edinho, em 1982, talvez tenha sido a conclusão pontual de uma longa travessia entre o período da Máquina (75/77), a vitoriosa geração campeã em 80, com quase todo o time formado na base, e a saída de Edinho no exato momento em que o Flu tinha praticamente pronto o terreno para o time que, a partir do ano seguinte (1983), dominaria o Rio e o Brasil com um tri-carioca e um brasileirão.
Coincidência? Talvez não. Há jogadores cuja passagem parece refletir o destino de um clube.
Amanhã, terça-feira 13, às 20h, o canal Flu Press receberá Edinho, para que o craque tricolor reviva histórias e memórias do belo legado, que permanece.
Porque Edinho é uma parte viva da alma do Fluminense.
Não perca esse encontro!

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*Lucio Massafferri Salles é jornalista, cronista esportivo, psicólogo e professor da rede pública de ensino/RJ. Doutor e mestre em filosofia pela UFRJ, especialista em psicanálise pela USU, realizou o seu estágio de Pós-Doutorado em Filosofia Contemporânea na UERJ. É criador do canal FluPress (YouTube).

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