Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) 14 capitais possuem nível de alerta, risco ou alto risco, de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) com tendência de crescimento a longo prazo (últimas seis semanas): Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), além de Natal (RN).
“A SRAG é o agravamento da famosa gripe, ela pode levar à internação. É importante entender que ela é causada por vários vírus, como o da Covid-19, pneumovírus e, influenza, temos algumas vacinas que protegem contra ela e medidas de precaução, como uso de máscaras em espaços públicos“, explica Diana Rêgo, coordenadora de Vigilância em Saúde do Estado.
A alta no número de casos já era esperado para o período pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a estimativa é que eles continuem aumentando nas próximas semanas.
“É um período sazonal , já era esperado para essa época do ano, quando há aumento na circulação de vírus respiratórios e as pessoas passam mais tempo dentro de casa“, revela Diana.
Este sábado é Dia D de Vacinação contra a Influenza em todo o Rio Grande do Norte. Em Natal, para facilitar o acesso à vacina, 58 unidades de saúde estarão abertas, assim como os postos em dois shoppings até as 20h.
“Hoje é Dia D contra a Influenza e é importante lembrar que a vacina protege também contra a SRAG. Também teremos vacinas contra Covid para crianças, adultos e idosos“, acrescenta Diana.
No Brasil, ano epidemiológico de 2025 já foram notificados 50.090 casos de SRAG, sendo 22.235 (44,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 20.144 (40,2%) negativos e 4.537 (9,1%) aguardando resultado laboratorial.
Mesmo diante da baixa incidência de SRAG por Sars-CoV-2 (Covid-19) no país, o vírus tem sido a principal causa de mortalidade entre os idosos nas últimas semanas, seguido pela influenza A. Em nível nacional observa-se desaceleração ou interrupção do crescimento de SRAG entre as crianças pequenas de até 2 anos, embora esse cenário diversificado entre os estados. Nas crianças e adolescentes de 2 a 14 anos o número de novos casos de SRAG se mantém em queda, enquanto que na população de jovens, adultos e idosos, os casos de SRAG seguem em ascensão.
Dentre os casos positivos, observou-se 13% de influenza A, 1,5% de influenza B, 40,4% de vírus sincicial respiratório, 27,2% de rinovírus e 18,6% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de 26,7% de influenza A, 0,7% de influenza B, 55,7% de vírus sincicial respiratório, 18,1% de rinovírus e 3% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Em relação aos óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 56,1% de influenza A, 1,6% de influenza B, 12,9% de vírus sincicial respiratório, 11,8% de rinovírus, e 18% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
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