Entre os dias 14 e 18 de maio, a CAIXA Cultural Salvador será palco de uma verdadeira celebração dos corpos em movimento, da memória coletiva e da diversidade cultural com a nova edição do Tabuleiro da Dança. O projeto, que chega próximo aos seus 20 anos de existência, promove uma intensa programação gratuita com oficinas, apresentações e debates voltados a públicos de todas as idades.
Concebido como espaço de intercâmbio e valorização das expressões periféricas e tradicionais da dança, o Tabuleiro da Dança reúne nesta edição 16 grupos e companhias de diferentes regiões da Bahia e do Brasil. As apresentações contemplam uma ampla variedade de linguagens — da dança afro-brasileira às danças urbanas, passando pela valsa, dança moderna, contemporânea, dança do ventre e até as quadrilhas juninas.
Entre os destaques da programação estão o coletivo Afrobapho, que abre a mostra com o manifesto “Corpoemas em Movimento”, e o solo “Antonias”, da bailarina feirense Antonia Lyara, que traz a dança do ventre como forma de narrar corpos femininos em transformação. Companhias como Raízes Black, Jeitus, Uzarte, Balé Jovem de Salvador, Cia Baile e a Cia Ominirá também ocupam a cena com coreografias que abordam questões sociais, ambientais, de fé e de identidade.

O projeto também abre espaço para a formação. Oficinas de dança afro-brasileira, dança moderna e valsa serão oferecidas gratuitamente, com inscrições abertas a partir do dia 9 de maio. A mostra infantil Tabuleirinho da Dança, voltada ao público mirim, ocupa o domingo com espetáculos lúdicos, como “Triscou, Pegou” e a apresentação da quadrilha mirim Forró do Luar.


A iniciativa se encerra com uma roda de conversa que propõe reflexões sobre a valorização da dança para além da lógica de mercado, reunindo artistas e pensadores da cena contemporânea. A mostra final, no domingo à noite, contará com recursos de acessibilidade como Libras e audiodescrição, reafirmando o compromisso do projeto com a inclusão.
Com quase duas décadas de atuação, o Tabuleiro da Dança segue ampliando espaços para a arte periférica e os corpos dissidentes, em uma trajetória que já passou por importantes palcos da capital baiana e, mais recentemente, também pelo ambiente digital. Em 2025, o projeto mais uma vez se firma como um dos principais pontos de convergência da dança baiana — unindo tradição, inovação e resistência em um só movimento.
O post Dança, ancestralidade e resistência tomam a CAIXA Cultural Salvador com o projeto Tabuleiro da Dança apareceu primeiro em ANF – Agência de Notícias das Favelas.