Advogado mineiro é detido por captação irregular de clientes em Guarapari

A PM-ES conduziu o advogado de Minas Gerais para a delegacia

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Reprodução/Jornal A Tribuna

Um advogado registrado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas Gerais foi detido neste sábado (11) em Guarapari por tentar captar clientes na cidade.O homem, que é inscrito na subseção da OAB de Aimorés, reuniu centenas de pessoas que foram atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana em uma quadra de uma escola particular com uma grande estrutura montada para atender essas vítimas.O acusado, antes do evento, gravou vídeos desafiando a subseção na qual ele é inscrito e ofendeu a presidente da Ordem de Aimorés, Mônica Goulart. “Quero ver se ela [Mônica] vai ter coragem de chegar no portão, de pisar lá. Você vai me conhecer de verdade”, ameaçou.Mônica esteve no local acompanhada da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), da presidente da OAB-ES Érica Neves e de outros representantes da OAB de Guarapari e do Estado. Os policiais, ao confirmarem a denúncia, conduziram o homem para a delegacia. Porém, antes o advogado discutiu e tentou agredir Érica Neves, mas foi contido pelos agentes.“A OAB-ES não vai permitir esse avilte, tanto contra a advocacia, quanto contra o povo. Este rapaz demonstra desprezo pela profissão e se sente acima das normas legais”, disse a presidente. A OAB-ES emitiu uma nota oficial sobre o caso.NOTA OFICIAL OAB-ESA OAB-ES atuou hoje, junto da subseção de Guarapari, contra um caso de captação irregular de clientes na cidade envolvendo atingidos pela Tragédia de Mariana. Um advogado, que não possui inscrição na seccional capixaba, foi levado à delegacia por policiais militares.A presidente da OAB-ES, Érica Neves, e a presidente da subseção, Mônica Goulart, acompanharam o caso in loco. Mônica foi vítima de agressões verbais e ameaças por parte do advogado em questão. A presidente Érica também foi coagida presencialmente.A OAB-ES informa que não vai tolerar casos de captação irregular de clientes, muito menos se calará diante episódios de violência contra advogados, sobretudo contra mulheres e presidentes no exercício legítimo de suas funções.A defesa das prerrogativas e cumprimento do Estatuto da Advocacia são inegociáveis para esta Casa da Democracia.

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