Estudantes da União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime) de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), denunciaram um suposto assédio moral que vem sendo praticado dentro da universidade pela coordenadora do curso de Psicologia, Renata Homem. Em nota de repúdio que foi veiculada para a imprensa, os alunos afirmam temer as atitudes da profissional e consideram o ambiente acadêmico como “tóxico”. Além disso, eles também mencionam as irregularidades cometidas pela instituição referentes ao estágio supervisionado. “A legislação exige que os estudantes de Psicologia realizem estágios supervisionados com carga horária superior a 80 horas, sob a supervisão de preceptores/professores contratados de acordo com as normas vigentes. No entanto, a Unime tem burlado essas normas, contratando professores com contratos intermitentes e fora do quadro docente, contrariando a resolução CFP nº 5, de 3 de fevereiro de 2025″, diz um trecho da denúncia que o Portal A TARDE teve acesso neste sábado, 10. E acrescenta: “Ressaltamos também que a ausência de contratação dentro dos preceitos éticos e regulamentares impacta diretamente na qualidade dos estágios, pois profissionais que seguem normas éticas não aceitam o tipo de contrato imposto pela instituição”.Para além das questões administrativas e pedagógicas, os estudantes relatam um tratamento desrespeitoso por parte da coordenadora, que segundo eles, acontece de forma frequente.Em uma das falas, de acordo com a denúncia, a profissional afirma que “os alunos não possuem perfil para estudantes de Psicologia”, afirmando que estão “fora dos padrões”, que “não sabem se comunicar” e que “precisam tratar seus problemas na terapia”, dizem os discentes.Procurada, a coordenadora do curso de psicologia não quis falar sobre o assunto. A reportagem do portal A TARDE está aberta para esclarecimento da faculdade. Veja outras queixas dos acadêmicosO documento acessado por A TARDE também relata queixas sobre atrasos e falhas acadêmicas no processo de contratação de preceptores para análise dos estágios supervisionados. “Apesar disso, a carga horária dos estágios está sendo considerada como cumprida, o que infringe a Lei do Estágio, mesmo com as turmas iniciando tardiamente, superlotadas e sem a cobertura adequada do conteúdo. A situação é ainda mais agravada pelas matérias online, que são cobradas integralmente nas mensalidades, mas que possuem conteúdos defasados e custam muito pouco para a instituição”, denunciam.InsegurançaEsta não é a primeira denúncia dos estudantes da Unime. Em maio de 2024, os alunos protestaram contra a insegurança dentro da unidade de ensino. Na ocasião, eles cobravam segurança no local devido a casos de roubos, perseguição e presença de “qualquer pessoa” na unidade.
Alunos de Psicologia da Unime denunciam coordenação por assédio moral
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