Na homenagem a Téo, o réquiem do PSDB

O ex-governador e ex-senador Teotonio Vilela Filho surpreendeu até mesmo amigos e aliados mais próximos com o elogiado discurso que proferiu ao receber, nesta sexta-feira, 9, a Comenda Tavares Bastos, que lhe foi concedida pela Assembleia Legislativa por iniciativa da deputada estadual Cibele Moura (MDB).

Em seu pronunciamento, Téo citou fatos históricos relacionados à própria ALE e foi minuncioso ao abordar aspectos da vida e obra de Aureliano Cândido Tavares Bastos, um deputado federal nascido em Marechal Deodoro, falecido aos 36 anos e que não apenas dá nome à honraria que recebeu como é patrono da nossa principal casa legislativa.

Em momentos festivos como o de ontem, normalmente comparece apenas o deputado ou deputada proponente da homenagem, mas no caso de Téo Vilela participaram não o próprio presidente da casa, Marcelo Victor (MDB), como vários parlamentares – o que é muito raro nesses eventos, ainda mais num dia de sexta-feira.

No plenário lotado estavam figuras notáveis do PSDB dos tempos de apogeu do partido, que ainda tem na pessoa do homenageado sua figura mais representativa e uma das referências, tendo sido presidente regional e nacional, além do exercício dos cargo de governador e sensdor – inclusive vice-presidente do Senado.

Essas presenças deram um sentimento nostálgico ao ambiente num momento em que o PSDB vive seus últimos momentos como legenda partidária, com um esvaziamento geral e na iminência de tentar sobreviver integrando uma federação partidária.

Como alguns comentavam na solenidade, talvez a homenagem a Teotonio Vilela Filho tenha sido um “bota fora” do PSDB como partido político.

Ou, numa expressão mais requintada, o réquiem do tucanato em nível nacional…

 

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