Foto mostra marido em elevador antes de achar professora morta em apartamento de Ribeirão Preto


Tempo entre chegadas do médico Luiz Antonio Garnica e da equipe do Samu ao condomínio foi de 37 minutos. Larissa Rodrigues, de 37 anos, morreu após ser envenenada, diz laudo. Foto mostra marido em elevador antes de achar professora morta em apartamento de Ribeirão Preto
Câmera de segurança
Uma imagem obtida pela EPTV, afiliada da TV Globo, e que faz parte das investigações mostra o médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, no elevador minutos antes de encontrar a esposa, a professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos, morta no apartamento de um condomínio em Ribeirão Preto (SP), no fim de março deste ano.
A Polícia Civil levantou indícios de que Larissa foi envenenada aos poucos com “chumbinho”, veneno encontrado no organismo da vítima, segundo o laudo toxicológico.
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A imagem de câmera de segurança mostra o médico entrando no elevador do condomínio às 9h57 do dia 22 de março. De acordo com as investigações, Luiz dormiu com outra mulher na noite anterior à morte da professora.
Tempo entre chegadas do médico e da equipe do Samu ao condomínio de professora achada morta foi de 37 minutos
Câmera de segurança
Em uma outra foto do mesmo local, mas às 10h34, é possível ver a chegada de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ou seja, o tempo entre as chegadas do marido e do Samu ao condomínio foi de 37 minutos.
À polícia, Luiz afirmou que, por conta da profissão que exerce, pegou a vítima e a colocou na cama do casal para realizar procedimentos de urgência até a chegada do resgate, que constatou a morte no local.
Imagens mostram marido suspeito em elevador antes de achar professora morta em apartamento
O que motivou a morte?
O caso inicialmente foi registrado como morte suspeita, mas agora é tratado como homicídio qualificado. As motivações do crime, no entanto, ainda são investigadas, assim como a origem do chumbinho.
Em meio a um relacionamento de 18 anos em crise, Larissa havia recentemente descoberto um caso extraconjugal do médico e queria a separação, o que é considerado pelas autoridades como uma das possíveis motivações do crime.
No mesmo contexto, os investigadores também apuram questões financeiras do casal, como movimentações realizadas na conta bancária dela, depois que ela foi encontrada morta, e a utilização do dinheiro de um seguro de vida que recentemente a professora havia recebido após a morte da mãe.
Além do médico, a Polícia Civil prendeu temporariamente a mãe dele, Elizabete Arrabaça, apontada pelas investigações como a última pessoa a estar com Larissa antes da morte dela e que, segundo relatos de pessoas próximas. As prisões, com duração de 30 dias, foram mantidas após audiência de custódia.
Quem é o médico preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa
Quem são os suspeitos de envenenar a professora?
O médico Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, foi preso temporariamente na terça-feira (6) por suspeita da morte. A mãe dele, Elizabete Arrabaça, de 67 anos, também foi presa. A prisão deles foi mantida por 30 dias após audiência de custódia.
Garnica é filho do ex-prefeito de Pontal (SP) Antonio Luiz Garnica e formou-se em 2011 pela Universidade de Ribeirão Preto. O registro ativo e regular no Conselho Federal de Medicina (CFM) consta especializações em ortopedia e traumatologia.
Em suas redes sociais, apresenta-se como médico voltado à saúde preventiva, com foco em emagrecimento, hipertrofia, reposição hormonal, doenças crônicas e envelhecimento saudável.
Apesar da longa convivência com Larissa, Garnica mantinha uma postura reservada em relação ao relacionamento, raramente expondo a companheira nas redes sociais. Após a morte dela, no entanto, passou a publicar homenagens e declarações públicas de amor.
O que dizem os suspeitos?
A defesa do médico disse que ainda não teve acesso às provas produzidas pela polícia e que Garnica é inocente.
Já a defesa de Elizabete Arrebaça, mãe dele, informou que vai entrar com pedido de liberdade, porque a idosa tem vários problemas de saúde e não existe cadeia pública na região em condições adequadas ao tratamento que ela precisa. A suspeita nega as acusações.
A professora Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano
Arquivo pessoal
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