(GAVETA) Fumaça de incêndios prejudica visibilidade em estradas e aeroclubes

As últimas semanas foram marcadas por um alto número de incêndios em matas, provocados por ações humanas ou por questões naturais. Dentre os públicos afetados, encontram-se pessoas que viajam por estradas e por malhas aéreas. Isso porque a fumaça gerada pelo fogo pode atrapalhar a visibilidade de quem está dentro dos respectivos meios de transporte. Consequentemente, há maior chance de acidentes.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados 1.355 acidentes de trânsito causados por animais na pista e/ou fumaça durante o ano de 2023 em todo o Brasil. Em 2024, pelos mesmos motivos, o número é de 1.052 até a tarde desta segunda-feira (9). Ou seja, os dados deste ano já representam cerca de 77,6% dos do ano passado, enquanto pouco mais de 69% de 2024 já foi concluído. Em Juiz de Fora, foram registrados dez até o momento no ano; já em 2023, foram 18 ao todo.

As queimadas e os incêndios antrópicos, que tem ignição causada por ação humana, involuntários ou criminosos são a principal causa desses acidentes, conforme a PRF. “O fogo ocasiona uma perda significativa e inopinada da visibilidade em função da fumaça e afugenta os animais. Por esse motivo, eles podem se locomover até as rodovias.”

Não é apenas na malha rodoviária que a presença de fumaça pode gerar riscos: na parte aérea, também são necessárias precauções. Segundo Mônica Sá, gestora de qualidade e segurança operacional do Centro de Instrução de Aviação Civil Aeroclube de Juiz de Fora, os pilotos  instrutores relataram visibilidade degradada nas últimas semanas.

“Isso aconteceu principalmente para alguns tipos de instrução, causando dificuldades em algumas manobras e em questão de localização nos setores da cidade. Quando há muito impacto possível que possa ser interpretado como perigo, o agendamento de Voo de Instrução no horário específico e até o inteiro é cancelado. De forma alguma se coloca em risco a operação”, destaca.

Por outro lado, o Aeroporto da Zona da Mata ainda não foi afetado pela situação, de acordo com a assessoria da instituição. Em nota, a Concessionária informou que, nas últimas semanas, não foram registrados impactos aos voos decorrentes da presença de fumaça na região.

  • LEIA TAMBÉM: Aumento do número de incêndios sobrecarrega Corpo de Bombeiros

Orientações para prevenção

Com o intuito de prevenir acidentes nas estradas, a PRF divulgou orientações para motoristas. Dentre elas: nunca jogar latas ou bitucas de cigarro às margens da rodovia e parar o veículo em local seguro (acostamento ou estradas vicinais) e sinalizá-lo adequadamente ao se deparar com trecho encoberto por fumaça. No caso de necessidade de passar pelo local, a pessoa deve diminuir a velocidade e utilizar farol (de neblina ou baixo, nunca o alto).

Além disso, também devem reduzir a velocidade em trechos com fumaça ou animais na pista, redobrar a atenção em relação a outros veículos, obedecer a sinalização, nunca tentar passar por local interditado por queimadas ou incêndios e fechar todas as janelas do veículo – e interromper o fluxo de ar externo caso seja possível. A Polícia também reforça a necessidade de manutenção preventiva do veículo em dia e de entrar em contato com autoridades no caso de observar fogo às margens da rodovia ou fumaça.

O post (GAVETA) Fumaça de incêndios prejudica visibilidade em estradas e aeroclubes apareceu primeiro em Tribuna de Minas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.