Durante a celebração de sua primeira missa como pontífice, nesta sexta-feira 9, na Capela Sistina, o papa Leão XIV afirmou que a Igreja Católica deve continuar sua “missão” nos confins do mundo — uma orientação que remete às prioridades estabelecidas por seu antecessor, o Papa Francisco.
“Esses são contextos onde não é fácil pregar o Evangelho e testemunhar sua verdade, onde os fiéis são ridicularizados, combatidos, desprezados ou, na melhor das hipóteses, tolerados e lastimados. No entanto, precisamente por essa razão, esses são os lugares onde nossa missão é desesperadamente necessária”, disse Leão XIV.
O papa também comentou os impactos da perda de fé em diversas dimensões sociais: “A falta de fé é muitas vezes acompanhada tragicamente pela perda do sentido da vida, pela negligência da misericórdia, por violações terríveis da dignidade humana, pela crise da família e por tantas outras feridas que afligem a nossa sociedade.”
As primeiras homilias costumam indicar as direções pastorais que um pontificado deve seguir. As declarações de Leão XIV, eleito na quinta-feira 8, sugerem um caminho alinhado ao legado de Francisco, que priorizou a presença da Igreja nas periferias e visitou países nunca antes alcançados por um papa.
Leão XIV — nome pontifício adotado por Robert Francis Prevost, primeiro papa nascido nos Estados Unidos — atuou por vários anos como missionário no Peru, reforçando sua experiência em regiões fora do eixo tradicional do Vaticano.