O Rio Grande do Norte foi escolhido pela empresa dinamarquesa Vestas, líder global em energia renovável, para sediar o primeiro programa de qualificação profissional do Brasil estruturado exclusivamente em energias renováveis.
A iniciativa é realizada em parceria com o SENAI-RN e oferece cursos técnicos profissionalizantes gratuitos com duração de dois anos para moradores de comunidades próximas aos parques eólicos operados pela empresa no país.
Como parte da formação, 66 alunos do curso, todos residentes de Lagoa Nova e região, participaram da primeira aula prática no Complexo Eólico Serra do Tigre, localizado em São Tomé (RN). O empreendimento é um dos maiores atualmente em construção no Brasil, com capacidade instalada de 756 megawatts (MW).
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Segundo a Vestas, a operação do complexo deve evitar mais de mil toneladas de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera por ano. Durante a visita, os estudantes acompanharam a instalação das turbinas e conheceram o funcionamento dos aerogeradores em operação.
“O Programa Nacional de Formação Técnica Profissionalizante em Eletromecânica tem como objetivo contribuir ativamente para o desenvolvimento e preparação de jovens talentos que vivem no entorno dos parques eólicos construídos e operados pela Vestas no Brasil”, afirmou a empresa.
De acordo com a Vestas, o Rio Grande do Norte foi escolhido por concentrar 28,9% de toda a geração de energia eólica do país. “É um local ideal para capacitar a nova geração de profissionais para atuar no setor”, informou a companhia.
Além do programa educacional, a Vestas anunciou recentemente um pacote de medidas voltadas ao setor, incluindo a produção local de turbinas de alta tecnologia e parcerias para fortalecer a cadeia produtiva nacional.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho, o Brasil detém atualmente 10% dos empregos verdes no mundo e ocupa a segunda posição global em geração de postos de trabalho na área de energia.
Até 2030, o setor de energias renováveis deve gerar mais de 38 milhões de empregos em todo o mundo. Estudos apontam que a implementação de parques eólicos nos municípios brasileiros provocou um aumento médio de 24,98% no PIB per capita, chegando a 29,14% no Nordeste.
