O senador potiguar Rogério Marinho (PL) e os deputados federais Sargento Gonçalves (PL), General Girão (PL) e Carla Dickson (UNIÃO) participaram nesta quarta-feira (7) de um ato por anistia em Brasília, que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação teve público abaixo dos últimos eventos do mesmo tipo.
O ato reuniu quatro mil pessoas em Brasília no horário considerado ápice da manifestação, às 16h30, segundo cálculo feito pelo grupo de pesquisa “Monitor do debate político” do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), e pela ONG More in Common. O levantamento levou em conta as imagens aéreas. A margem de erro é de 480 pessoas para mais ou para menos. Em comparação, o número é cerca de 10% do público registrado na Avenida Paulista, em São Paulo, no começo de abril (44,9 mil), e bem abaixo dos 185 mil presentes em fevereiro. Já o PL disse que o ato desta quarta contou com 10 mil pessoas.
Nas redes sociais, o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho, classificou a manifestação como “palco de clamor”.
“O Brasil decente se manifesta pelo fim das arbitrariedades e inquéritos intermináveis. Queremos o restabelecimento da normalidade democrática, ao lado do maior líder popular do Brasil”, argumentou.
Já Gonçalves disse que o pedido se tratava de uma “anistia humanitária”.
“Já estamos aqui na caminhada pacífica com homens e mulheres de bem, brasileiros, patriotas. Isso aqui é uma pauta única em defesa da anistia dos perseguidos políticos do dia 8 de janeiro. Anistia humanitária.”
General Girão escreveu que “o Brasil está unido” e que o ato “foi gigante”. Carla Dickson afirmou que aquele era “um momento histórico”.
PL da anistia
Cinco deputados federais do Rio Grande do Norte assinaram o projeto de lei da anistia. Além de Girão, Gonçalves e Carla, a proposta conta com as assinaturas de Robinson Faria — filiado ao PL, mas de saída para o PP — Benes Leocádio (UNIÃO).
Bolsonaro réu
Em março deste ano, o ex-presidente se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Bolsonaro, mais sete ex-integrantes do seu governo foram denunciados por tentativa de golpe de Estado. São eles: o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
Segundo a denúncia, esses oito acusados integram o Núcleo 1, ou “Núcleo Crucial”, de uma organização criminosa que buscava impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor o governo legitimamente eleito.
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