A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação Malus Doctor, que apura fraudes cometidas por um grupo de advogados que teria usado dados de clientes para contratar empréstimos e ingressar com ações judiciais sem o conhecimento deles. O prejuízo estimado é de R$ 50 milhões. A estimativa é que foram mais de 10 mil vítimas.
Ao todo, foram cumpridas 74 ordens judiciais, sendo 35 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Glorinha e Xangri-lá. Uma pessoa foi presa. Entre os 14 investigados, nove atuam como advogados e tiveram o exercício profissional suspenso.
De acordo com a investigação, o grupo utilizava procurações para contratar empréstimos em nome de aposentados, professores e servidores públicos. Depois, ajuizava ações revisionais contra os bancos, como se estivesse defendendo os clientes. O valor do novo empréstimo era depositado nas contas das vítimas, que acreditavam se tratar de indenização, e o escritório ficava com parte do dinheiro como honorários. Também se apropriava de valores judiciais sem o consentimento dos clientes.
O grupo teria ingressado com mais de 145 mil ações, sendo cerca de 112 mil no Rio Grande do Sul e mais de 30 mil em São Paulo. As investigações seguem em andamento. Dentro da investigação também foram apontadas fraudes nos depósitos de precatórios. Nesses casos, os advogados ficavam com a maior parte ou até a totalidade dos valores.
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