O proprietário de uma farmácia foi preso, nesta quarta-feira (7), durante a Operação Delivery, que investiga uma organização criminosa especializada na venda de drogas sintéticas em Maceió. Ele é suspeito de comercializar medicamentos controlados e falsos atestados médicos.
De acordo com as investigações, que foram detalhadas durante coletiva de imprensa na Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP), o dono da farmácia teria usado os dados de um médico, sem o consentimento do profissional, para emitir os atestados.
Durante buscas no estabelecimento comercial do suspeito, a polícia apreendeu carimbos e receituários médicos falsificados. A polícia ainda flagrou no local a comercialização de rohypnol — medicamento de tarja preta e que tem venda proibida no Brasil.
“Durante a operação, prendemos um proprietário de uma farmácia na parte alta da cidade. Ele comercializava medicamento de forma ilegal, como, por exemplo, rohypnol, que é considerado uma droga e não pode ser vendida da maneira que estava sendo. Esse homem também fazia falsificação e comercialização de atestados médicos. Na operação de hoje, nós apreendemos carimbos e receituários médicos com o nome de um médico que não tinha conhecimento que esses atestados estavam sendo comercializados em seu nome. Todo o material foi levado para a DRACCO e efetuamos a prisão em flagrante do proprietário da farmácia”, explicou Igor Diego, diretor da Diretoria de Repressão à corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Operação prende 11 suspeitos e apreende drogas
- De acordo com a polícia, até às 10h51, 11 pessoas haviam sido presas. Ao todo, a 17ª Vara Criminal da Capital expediu 24 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão;
- A investigação aponta que provas técnicas comprovam o envolvimento dos alvos nos crimes apurados;
- Durante o cumprimento dos mandados, também foram apreendidos diversos materiais ilícitos, incluindo skunk (conhecida como “supermaconha”, por ter um efeito mais intenso), haxixe, medicamentos de tarja preta e uma arma de fogo;
- Grande parte das drogas sintéticas que eram vendidas por delivery em Maceió foram enviadas via Correios para o estado de Alagoas;
- As substâncias eram colocadas em caixas com outros produtos e retiradas por um integrante da organização criminosa responsável pela distribuição do entorpecente.