Com atuação direta em projetos que aliam desenvolvimento agrícola, conservação ambiental e fortalecimento das comunidades locais, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) tem se destacado como referência em sustentabilidade no oeste baiano.Às vésperas de uma missão técnica nos Estados Unidos com representantes da entidade, o gerente de Sustentabilidade da Aiba, Enéas Porto, falou ao A TARDE sobre os principais desafios e estratégias do setor agropecuário frente às mudanças climáticas e a importância da retribuição social dos produtores.Quais são as principais ações de sustentabilidade da Aiba e seus associados e os impactos socioambientais?Além de promover as boas práticas agrícolas e o uso de tecnologia eficiente na produção de alimentos no oeste da Bahia, a Aiba também vem fomentando a adoção de agricultura regenerativa, em que há o incremento de carbono no solo, retirando esse carbono da atmosfera e mitigando os impactos das mudanças climáticas. Além disso, temos projetos relacionados à gestão de recursos hídricos, que hoje já é referência em nível nacional, e também ao desenvolvimento socioeconômico da região como um todo. Essas ações desenvolvidas pela instituição fortalecem a sustentabilidade nos seus principais eixos: econômico, social e ambiental.Quais os principais desafios que a Aiba vem encontrando para lidar com a influência das mudanças climáticas no campo e quais as ações para mitigação dos efeitos?Além de medidas mais eficientes de produção alimentar, como o uso da irrigação eficiente e da tecnologia da agricultura irrigada, os produtores também têm adotado boas práticas agrícolas, como o sistema de plantio direto e outros, que, além de diminuir as emissões de carbono, ajudam a retirar carbono da atmosfera, formando um crédito positivo de carbono para o setor. Também são tomadas ações voltadas à manutenção das reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs), revitalização das nascentes e combate a incêndios florestais, o que gera um retorno direto na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.O oeste tem quatro dos 30 municípios do agro mais ricos do País. De que forma a Aiba e seus associados retribuem para a região parte dessa riqueza?O agronegócio é o principal setor que contribui para a economia da região, com geração de emprego e renda. Além disso, há um claro desenvolvimento socioeconômico, com melhora na qualidade de vida da população. Na área da saúde, por exemplo, temos hospitais regionais como o Hospital do Oeste, que recebe recursos dos produtores rurais por meio da Bahia Farm Show e de projetos como o Fundesis. Entidades sociais também recebem benefícios diretos dos produtores. Esse desenvolvimento se reflete ainda na educação e no mercado de trabalho, onde percebemos que as melhores escolas e os melhores empregos estão na região, e, o mais importante, estão sendo ocupados por pessoas da própria região.
“Fomentamos a adoção da agricultura regenerativa”, diz gerente da Aiba
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