A Polícia Civil de Alagoas informou, na tarde desta segunda-feira (5), que instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, ocorrida durante uma perseguição policial no município de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas. O caso, que foi registrado nesse sábado (3), causou revolta na população local.
De acordo com a PC-AL, equipes da Delegacia de Homicídios da 5ª Região estão em diligências para esclarecer toda a dinâmica da abordagem e as circunstâncias do ocorrido.
Equipes da Polícia Científica de Alagoas também foram acionadas na manhã de hoje para realizar o exame residuográfico no corpo do adolescente. O procedimento analisa a presença de resídios de pólvora no cadáver da vítima e pode indicar, por exemplo, se Gabriel manuseava uma arma de fogo no momento da abordagem policial.
Família de adolescente morto após perseguição contesta versão da PM
A morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, durante uma perseguição policial no município de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, provocou revolta dos familiares que contestaram a versão dada pela Polícia Militar para o caso ocorrido no último sábado (03). A tia da vítima, Flávia Ferreira, contou que Gabriel não tinha envolvimento com crimes e havia saído de casa para comprar alimentos para levar para a lanchonete que pertence aos pais dele.
Segundo Flávia Ferreira, durante o trajeto, ele teria ficado assustado com a investida dos PMs e acelerado o veículo. A polícia, no entanto, disse que a equipe do 10º Batalhão presenciou manobras perigosas praticadas pelo menino, como ele ter avançado quando o semáforo estava com sinal vermelho, e que na tentativa de abordagem, houve disparos contra a guarnição, e posteriormente, o revide de um agente.