Investigação da PF sobre fraude no INSS começou com denúncia na Bahia

Um dos maiores golpes já registrados contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a ser desvendado graças à denúncia de uma aposentada de Feira de Santana, na Bahia. Ela desconfiou de um desconto estranho em seu contracheque e insistiu junto ao Ministério Público Federal (MPF) para apurar o caso, que agora é alvo de uma megainvestigação da Polícia Federal.Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, a apuração revelou que mais de 4 milhões de pessoas foram atingidas por descontos fraudulentos, totalizando mais de R$ 6 bilhões desviados por associações fantasmas, como a Associação Universo, sediada em Aracaju, e a APDAP PREV, de Nossa Senhora do Socorro (SE).A fraude se aproveitou de uma brecha criada em 2019, quando o INSS passou a permitir que entidades realizassem descontos automáticos diretamente nos benefícios, bastando apresentar um documento assinado pelo aposentado. No entanto, segundo a Polícia Federal, muitas dessas assinaturas foram falsificadas.

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Os valores dos descontos ilegais variavam entre R$ 30 e R$ 50 por mês, muitas vezes passando despercebidos, já que apareciam com o nome da associação e um telefone de contato nos contracheques.Com acesso exclusivo à perícia, o Fantástico mostrou que a assinatura da aposentada baiana foi usada sem autorização para cadastrar sua suposta filiação à Associação Universo. O grupo por trás da fraude teria acumulado mais de R$ 300 milhões em apenas 21 meses, com cerca de 629 mil pessoas cadastradas — mais que a população de Aracaju, por exemplo.A investigação aponta que o esquema era controlado pelos empresários Alexsandro Prado Santos, conhecido como Lequinho, e Sandro Temer de Oliveira, que foram presos em uma operação no fim de abril. O dinheiro era redistribuído entre diversas empresas em nome de laranjas, segundo a Polícia Federal.

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