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A cerveja é associada a momentos entre amigos e não é à toa que é uma paixão nacional. O estilo mais consumido é o Pilsen, mas há muitos outros capazes de conquistar o paladar dos brasileiros. Observar os rótulos e experimentar com atenção à experiência sensorial são os primeiros passos para explorar o mundo das cervejas. Sair da zona de conforto permite descobrir novos aromas, texturas e sabores.
Na embalagem, o consumidor encontra informações como o teor alcoólico, o International Bitterness Units (IBU), que indica o nível de amargor, além da lista de ingredientes, útil para identificar se a bebida é puro malte, se leva frutas ou outros adjuntos. O mestre cervejeiro Gabriel Di Martino explica que “o rótulo traz informações técnicas, mas também o perfil que pode esperar da cerveja e o estilo que se propõe a ser”. Já ao degustar a bebida, alguns pontos requerem atenção, como o visual, o aroma, o sabor e o retrogosto.
VISUAL – Sendo uma bebida rica em nuances, a cerveja permite uma análise sensorial completa. “O primeiro atributo a ser observado é o visual. Observa-se a formação de espuma e a coloração, se tem turbidez ou se é mais cristalina”, pontua Gabriel.
AROMA – O próximo passo é atentar-se ao aroma. “As cervejas dizem muito através do aroma. Ele pode ser mais neutro ou até indicar características mais maltadas ou adocicadas. Um exemplo é a American IPA, seu aroma mais marcante é o lúpulo, com perfil frutado e floral”, exemplifica Di Martino.
SABOR – Em seguida, vem o paladar. Gabriel sugere alguns questionamentos durante a degustação, como qual é o perfil do amargor, qual é o seu equilíbrio e a sua acidez.
RETROGOSTO – “É importante engolir a cerveja e perceber o que chamamos de retrogosto. É aquele sabor final, depois do gole, para perceber como se apresenta o final da experiência”, afirma Di Martino.
A cervejaria Therezópolis oferece diferentes estilos que proporcionam uma verdadeira vivência sensorial. A Gold, por exemplo, tem coloração dourada, é cristalina e filtrada. Seu aroma apresenta fermentação neutra com notas leves de malte, perfil de lúpulo floral e é refrescante. Já a Dunkel é uma cerveja escura, feita com maltes tostados e torrados, que conferem um visual intenso, sem perder a delicadeza no sabor e no aroma.
Outro exemplo é a Bock, de coloração avermelhada, com corpo mais elevado, sabor adocicado e teor alcoólico mais alto. De outro lado, a American IPA apresenta 6,5% de teor alcoólico e um amargor acentuado, marcado pelo lúpulo. A Session IPA, apesar do nome semelhante, é mais leve, com perfil de lúpulo fresco que remete a frutas, o que permite uma degustação em maior volume.
Hoje, mercados e lojas especializadas disponibilizam uma ampla variedade de rótulos, oferecendo verdadeiras experiências sensoriais. Muitas pessoas que se aventuram por novos estilos acabam se apaixonando, tornam-se apreciadoras e até mesmo passam a buscar harmonizações com alimentos. Outros vão além e optam por produzir a própria cerveja em casa. Seja sozinho ou entre amigos, essa jornada sensorial é sempre única.
Da Redação
TOLEDO
O post Aroma, sabor e experiência permitem explorar novos estilos de cerveja apareceu primeiro em Jornal do Oeste.