Frente fria se afasta, mas capital e outros municípios sofrem efeitos do mau tempo

A frente fria que atingiu Salvador, a Região Metropolitana (RMS) e o Recôncavo começou a se afastar em direção ao oceano Atlântico e a intensidade pluviométrica já apresenta sinais de redução. No entanto, os efeitos da chuva ainda são sentidos na capital e em municípios como Santo Amaro da Purificação. Até ontem, Salvador registrou quatro deslizamentos de terra, a queda de quatro árvores e risco de queda de outras nove.Anteontem, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) acionou sirenes de evacuação em seis comunidades: Mamede (Alto da Terezinha), Creche e Moscou (Castelo Branco), Bosque Real e Olaria (Sete de Abril), e Irmã Dulce (Cajazeiras VII). A medida integra o Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC), que estabelece níveis de atenção a partir da quantidade de chuva registrada nos pluviômetros.“O acionamento da sirene ocorre quando o acumulado atinge 150 mm e há previsão de continuidade das chuvas. Até o início da tarde deste domingo [ontem], a área com maior volume é o Alto da Terezinha, com 201 mm em 72 horas”, informou Diego Ribas, engenheiro que integra a equipe da Codesal.SegurançaApós o alerta, equipes da Defesa Civil foram mobilizadas para retirar moradores das áreas de risco e direcioná-los aos locais seguros, como a Escola Municipal Esperança de Viver. A Codesal orienta que, em situações de emergência como alagamentos, deslizamentos, rachaduras e ameaças de desabamento, os moradores acionem o órgão pelo telefone 199.Foi isso que Joseildes da Conceição Santos, moradora da comunidade de Castelo Branco, fez. Pela terceira vez, ela precisou deixar sua casa por causa da chuva, acompanhada da filha e da neta de apenas 1 ano.Segundo Joseildes, um barranco nos fundos de sua casa começou a ceder, o que a levou a acionar a Codesal no anteontem. Após vistoria, foi determinada a evacuação imediata.“Temi que o barro invadisse minha casa. Fiz a ocorrência e nos pediram para sair. O piso já estava cheio de água”, contou.Apesar do bom acolhimento no abrigo, a situação ainda é de incerteza. “No momento, somos a única família aqui e não temos previsão de saída. Tenho medo que a chuva aumente à noite e minha casa não aguente. Por mais que estejamos sendo bem tratados, não é igual estar no nosso lar.”Em Santo Amaro da Purificação, a cerca de 80 km de Salvador, as chuvas causaram a cheia do Rio Subaé e alagamentos em diversos pontos da cidade. Após decreto de situação de emergência emitido na noite de sábado (03), a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) enviou ajuda humanitária e lonas para encostas. Além disso, desde a manhã de ontem, a Defesa Civil local realiza a limpeza dos pontos mais afetados, como o Mercado Municipal.*Sob supervisão da jornalista Andreia Santana
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