O outono se impõe com sua “frente-fria” e o vento a varrer as folhas secas soltas pelas amendoeiras; com a estação anterior ao inverno, a meteorologia alerta 16 estados sofrendo alta nos diagnósticos de influenza (gripe) e a resiliente covid.As enfermidades, entre outras, cabem no escaninho da síndrome chamada “Respiratória Aguda Grave”, escolha tática para simplificar e agilizar os atendimentos.A previsão tem alta probabilidade de se confirmar, mobilizando os recursos dos governos federal e estadual, comprometidos com a saúde pública.Salta a distinção de substantivos utilizados como sinônimos, embora antagônicos desde as origens: a prevenção exige investimento; se fosse algo desnecessário, seria gasto.Em mundo cindido entre apocalípticos extremistas e integrados ao conhecimento, nunca é demais reforçar a informação científica como voz primeira, repetida pela cidadania saudável deste país.Quem avisa é a amiga e ilibada instituição Fiocruz, publicando no boletim InfoGripe os números de notificações e óbitos, 116 covas abertas em cemitérios baianos este ano, de acordo com dados confiáveis fornecidos pela Secretaria da Saúde do Estado.O dogma é irremovível, confunde-se com a fé; pesquisadores dignamente herdeiros do Iluminismo põem à prova seus saberes, porque a condição para identificar a ciência está na refutabilidade e no perfil provisório.Público equivalente a cinco embarques do ferry Zumbi dos Palmares (5 mil pessoas) ainda adoece e, destes, 38 morreram de sars-cov-2 e suas mutações – mesmo um microorganismo tende à “vontade” de viver, fundamento existencial a priori.Apesar dos óbitos, a Bahia vem fazendo sua parte e o resultado de queda de 63%, em relação aos mesmos quatro primeiros meses de 2024, sinaliza os acertos da vacinação e outras providências, “per ardua surgo” – vencendo as dificuldades.
Prevenção necessária
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