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TendênciaA redução do consumo é uma tendência mundial, principalmente entre os mais jovens. Os Estados Unidos, o Reino Unido e outros países registram queda consistente no consumo de álcool entre jovens. Um estudo da consultoria Gallup, publicado em 2023, indica que, nos EUA, 62% dos adultos de 18 a 35 anos dizem beber, uma diferença de dez pontos percentuais a menos em relação a duas décadas atrás, quando 72% faziam essa afirmação. No Reino Unido, um terço dos jovens de 18 a 24 anos diz não consumir bebida alcoólica, de acordo com um relatório da Mintel, também de 2023.No Brasil, a faixa etária dos 18 aos 34 anos lidera a ingestão de bebidas alcoólicas. Entre eles, 58% dizem consumir álcool. Na faixa seguinte, dos 35 a 44 anos, o percentual cai para 55%. A queda se acentua entre os que têm de 45 a 59 anos, dos quais 46% dizem beber. Entre os que têm 60 anos ou mais, 35% dizem ingerir álcool.O consumo entre os jovens menores de idade, de 16 a 17 anos, apareceu na pesquisa em contabilização separada dos dados gerais. Nessa faixa, 27% dizem ingerir álcool. A relação com bebidas alcoólicas também é impactada pelo gênero. Segundo a pesquisa Datafolha, os brasileiros bebem mais do que as brasileiras. Entre os homens, 58% consomem bebidas alcoólicas. Entre as mulheres, o percentual cai para 42%.RendaEm 2022, OMS declarou que não existe quantidade segura e mais estudos associam o consumo de álcool como fator de risco para doenças como hipertensão, depressão e câncer. Estudos traçaram associações entre o desenvolvimento de câncer de mama em mulheres e consumo de álcool mesmo em baixas quantidades. Há, ainda, uma associação entre consumo de álcool e envelhecimento cerebral precoce.O principal motivo para evitar as bebidas alcoolicas, segundo a pesquisa, é a preopcuipação com a saúde (34%). O segundo motivo mais citado para evitar o consumo de álcool é não gostar do sabor, caso de 21% dos respondentes. A questão religiosa fica em terceiro lugar, citada por 13% dos brasileiros que não bebem.A renda também impacta o consumo. O álcool é menos comum entre os mais pobres – 43% dos que tem renda familiar de até dois salários mínimos dizem beber. O percentual vai subindo nas faixas intermediárias. Entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos, 54% dizem beber, percentual que vai a 64% entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos. Os mais ricos, com renda superior a dez salários mínimos, bebem menos que a faixa que os antecede diretamente: 59% afirmam consumir bebidas alcoólicas.