Renan Zangali, de 38 anos, sempre cuidou dos investimentos, mas, durante a pandemia de Covid-19, chegou a perder 30% da rentabilidade em aplicações na Bolsa de Valores, em ações e outros produtos. Foi quando decidiu apostar em imóveis. Em 2021, comprou um apartamento de um quarto em um bairro litorâneo de Salvador e transformou-o em uma unidade para aluguel de temporada. Algum tempo depois, comprou outro imóvel para a mesma finalidade, em outro bairro da cidade. “Decidi ter algo mais tangível e, sendo uma capital turística, Salvador tem movimento praticamente o ano todo. Quase nunca fiquei um final de semana sem alugar”, conta ele.De acordo com especialistas desse mercado, Renan personifica o perfil de quem tem comprado imóveis para investir na cidade: um público mais jovem, com foco em unidades compactas, como os studios ou apartamentos com até dois quartos. Mesmo com o momento de Selic em alta, o mercado atingiu, no ano passado, 19% de valorização, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE) em parceria com o QuintoAndar. No caso dos imóveis compactos, a valorização nacional registrada foi de 22%.“Com o setor mantendo uma valorização acima da taxa de juros, as pessoas têm percebido a importância da diversificação de investimentos, e o imóvel traz essa segurança”, diz Thais Marcolini, sócia da Affonso Henriques Imobiliária. A empresa é organizadora da Expo Studios, evento voltado para investimento imobiliário, que acontecerá entre 8 e 18 de maio, na Praça Central do Salvador Shopping. Estarão disponíveis unidades com valores entre R$ 237 mil e R$ 3 milhões, totalizando mais de R$ 1 bilhão em imóveis, localizados em Salvador, Camaçari, Mucugê, São Paulo e Portugal.No portfólio, a capital baiana é a cidade com maior concentração de ofertas, com empreendimentos distribuídos por bairros estratégicos e valorizados, como Imbuí, Ondina, Horto Florestal, Jardim Armação, Barra, Rio Vermelho, São Lázaro, Itaigara, Morro Ipiranga, Piatã e Pedra do Sal.“Os jovens estão voltando a comprar apartamentos e procuram imóveis digitais, prédios com market place, moradias inteligentes e com comodidade. Hoje, o mercado oferece facilidades e melhores condições de pagamento e é possível investir com parcelas a partir de R$ 600 por mês”, afirma Marcolini. E para quem acha que já existem studios demais na cidade, a sócia da Affonso Henriques diz que o estoque desses imóveis não chega a 12%. “Os números mostram que os compactos vendem, sim”, ressalta.Renan Zangali já nota a concorrência. Um dos apartamentos que comprou para locação fica em Ondina, região onde proliferam unidades de um quarto, como a sua. “Ali, tenho tido mais dificuldade de alugar, porque a oferta é grande, então, ainda não tive uma boa rentabilidade com esse imóvel”, conta.Igor Pontes, diretor de incorporação da Santa Helena Imobiliária, defende que os apartamentos compactos geram monetização mais rápida, seja pela venda ou pela geração de renda permanente, com o aluguel. E há unidades para todos os bolos, inclusive no segmento de luxo. É o caso do Soul Ondina, projeto da Santa Helena que oferece apartamentos de uma e duas suítes, além de lofts, entre 26 m² e 68 m². A estrutura inclui academia, deck rooftop com piscina aquecida, área delivery, mini market, espaço gourmet, estação de coworking, guarderia, bicicletário e lavanderia. “Os consumidores têm priorizado uma área reduzida, mas com estrutura completa”, diz Pontes. Em um mês, 80% das unidades foram vendidas.“Porta de entrada”Para Anderson Pina, do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci), os compactos são “a porta de entrada” para quem quer investir nesse setor. Segundo ele, o fundamental é escolher unidades com boa localização, perto de serviços de todo tipo. “Eu e minha esposa investimos em um quarto-e-sala perto do aeroporto e alugamos para comissários de bordo e outros trabalhadores que se deslocam pela região metropolitana. Tem um bom retorno”, conta.Outra dica de Pina é priorizar imóveis na planta, seja para revender ou alugar. “O imóvel comprado na planta tende a ter uma valorização já durante a obra. E é possível dar uma entrada de 20% ou 30% do valor total e financiar o restante. Quem faz locação paga as parcelas do financiamento com o próprio aluguel”.O especialista também ressalta que deve-se verificar o histórico e as credenciais da construtora responsável pelo investimento, saber quais imóveis ela já entregou e solicitar o registro de incorporação, para garantir que não há nenhuma inviabilidade no projeto.Salvador recebe a Expo StudiosO que? Expo StudiosQuando? 8 a 18 de maioOnde? Praça Central do Salvador Shopping – Piso L1. Av. Tancredo Neves, 3133 – Caminho das Árvores, SalvadorVisitação: Aberto ao público
Imóveis compactos têm valorização de 22% e atraem investidores em Salvador
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