

O Governo de Minas decretou, nesta sexta-feira (2), situação de emergência em saúde pública devido ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. A medida faz parte de ações de enfrentamento das doenças típicas de outono e inverno, é válida por 180 dias e visa a adoção imediata de ações administrativas e assistenciais. Com isso, é possível fazer a contratação de mais profissionais e aquisição de insumos para controlar os casos.
Até 26 de abril, o estado já havia registrado 26.817 internações por SRAG e 397 mortes no ano – sendo que crianças de até 1 ano e idosos acima de 60 anos compõem a maioria das internações. O estado está fazendo o monitoramento pela Sala de Monitoramento de Vírus Respiratórios, ambiente técnico que acompanha a circulação de vírus em Minas, visando tomar decisões rápidas e integradas nas áreas de vigilância, assistência e vacinação, assim como foi feito.
O decreto prevê a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG), que vai atuar no monitoramento e na coordenação das ações durante o momento emergencial. Para dar suporte à rede hospitalar, a Secretaria também está fazendo o repasse de incentivos financeiros para abertura ou adaptação de leitos clínicos de atendimento pediátrico de SRAG.
“Estamos preparados para enfrentar esse momento, mas sabemos que ele exige esforço contínuo. Precisamos de abertura de novos leitos em algumas regiões e os municípios têm apoio garantido do Estado. Temos recursos disponíveis para isso, e seguimos em contato direto com as gestões locais para dar agilidade às respostas, especialmente em locais que enfrentam situações mais críticas”, destaca o Secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, em nota encaminhada à imprensa.
Vacinação e qualificação dos profissionais
Para combater o aumento dos casos de doenças respiratórias, o estado continua com a vacinação contra a influenza, que agora faz parte do calendário de rotina e estará disponível o ano todo. Até o momento, Minas recebeu 5,7 milhões de doses, distribuídas aos municípios, e ampliou a vacinação para toda a população acima de 6 meses de idade. “Temos vacinas eficazes para a maioria das doenças respiratórias, como influenza e covid-19. A única exceção é o vírus sincicial, que ainda não tem vacina disponível, mas é justamente um dos mais perigosos para bebês pequenos. Por isso, é essencial que pais e responsáveis levem seus filhos para vacinar. E que, em caso de sintomas, evitem o contato com outras crianças, para reduzirmos a transmissão”, orienta o secretário.
Além da vacinação, outra estratégia da Secretaria é a capacitação contínua dos profissionais de saúde, com treinamentos, webinários e aulas on-line. O foco dessa ação é o preparo para prevenção, diagnóstico e manejo clínico das doenças respiratórias.
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