O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), devem se reunir nesta sexta-feira 2 para tratar da permanência do PDT no governo federal, em meio à crise provocada pela fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pela insatisfação do partido com decisões do Planalto.
De acordo com o portal da CNN Brasil, na tarde de quinta-feira 1º, Lupi conversou com aliados sobre a possibilidade de deixar o comando da pasta, mas mantendo uma indicação do PDT no ministério. A definição dependerá do resultado da conversa com o presidente Lula.
O ministro tem demonstrado chateação e irritação com o Palácio do Planalto.
De acordo com o portal da CNN Brasil, o motivo do descontentamento é a nomeação do novo presidente do INSS, Gilberto Waller, sem consulta prévia ao ministro. Lupi foi informado apenas após a decisão ter sido tomada, por meio da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
Waller é procurador federal e não possui relação com o PDT. A escolha foi interpretada dentro do partido como um rebaixamento político da sigla no governo.
Apoiadores do ministro avaliam que ele não aceitará permanecer no cargo se não tiver autonomia para indicar nomes e tomar decisões como titular da pasta.
A situação agrava o desgaste da relação entre o governo e o PDT, que integra a base aliada, mas agora avalia os próximos passos em meio ao impasse.