

O Dia das Mães, este mês, é a segunda data comemorativa mais importante para o comércio. Em Juiz de Fora, segundo a percepção dos lojistas, apesar da grande expectativa, as vendas e a movimentação das lojas ainda estão tímidas, com a aposta de que muitos consumidores vão às compras na “última hora”. O Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio) prevê aumento de 8% nas vendas este ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo pesquisa da Fecomércio MG, 46,4% dos empresários do comércio mineiro esperam vender mais do que no ano passado. Ainda segundo a federação, cerca de 80% das empresas são afetadas pela data comemorativa. A aposta é no valor afetivo da data, impulsionador do aquecimento no comércio.
Também há aqueles que estão pessimistas com a data: 19,6% dos empresários esperam queda nas vendas, devido a crise econômica, baixa nas vendas no primeiro trimestre e o valor alto dos produtos.
A precaução de parte do setor também refletiu em menor número de contratações temporárias para atendimento ao público nesta data ante igual período do ano anterior. Em 2024, 8,1% das empresas fizeram contratos temporários, neste ano somente 6,9% reforçaram seu quadro de funcionários, ainda conforme a Fecomércio.
De acordo com o economista Weslem Faria, a expectativa prevalente, no entanto, é de que, neste ano, as vendas de presentes para o Dia das Mães sejam melhores em relação ao ano passado. “O Dia das Mães e o Natal são as datas mais importantes para mobilização do comércio e dos serviços. É importante para a economia, para gerar empregos e renda, e a expectativa de aumento das vendas acaba refletindo em outros setores, como o industrial”, explica.
Comércio ainda está pegando “ritmo” do Dia das Mães
Esta semana, a Tribuna esteve nas ruas e constatou que a movimentação em busca de presentes para o Dia das Mães no comércio da região central da cidade ainda era tímida. Também foi observado que poucas vitrines de lojas estavam decoradas e exibiam promoções especiais para a data comemorativa.
Na Rua Marechal Deodoro, a gerente da franquia O Boticário, Larissa Gomide, identificou aumento na movimentação para o Dia das Mães, com clientes se antecipando para as compras. “A semana passada e a retrasada foram muito boas para a loja. Acreditamos que as vendas desse ano vão superar as do ano passado, porque, em 2024, o Dia dos Namorados atingiu vendas maiores do que o Dia das Mães”, explica.
Como parte da estratégia de venda para essa época do ano, a gerente conta que a loja recebeu kits com preços promocionais diretamente da indústria. “Os nossos queridinhos são os kits com cremes e perfumes. Temos os kits com preços mais em conta, como o de hidratante de ameixa, que sai bastante nessa época.”
Na loja, o farmacêutico Bernardo Soares procurava “um hidratante” ou “algum kit legal com preço bacana” para sua mãe Silvia Soares, de 87 anos. Antes de ir às compras, ele pegou uma amostra gratuita que ela gostou muito.
Expectativa por ‘segundo Natal’
Já na loja Constance Calçados, localizada na Rua São João, a vendedora Cláudia Ribeiro espera que o Dia das Mães seja um ‘segundo Natal’, com vendas tão boas como foram no fim de ano. De acordo com a sua percepção, em comparação aos meses anteriores, as vendas ainda não estão aquecidas, mas os clientes já fazem sondagem de preços. A expectativa é que, na próxima semana, o movimento ganhe fôlego. “As pessoas costumam deixar para a última hora e também estão esperando a chegada do quinto dia útil do mês”, acredita.
A vendedora conta que, nessa data, os presentes mais procurados são os calçados da linha de conforto, como tênis e sandálias, e bolsas mais tradicionais e básicas. “Muitos compram aqui há muito tempo e voltam em busca de novidades, especialmente nesta época do ano.”
Para a gerente Priscilla de Souza Paula, da Loja Ana Flor Moda Plus, “pela data, o movimento nas ruas ainda está bem parado. Esperamos vender bastante, porque só vem decaindo, então temos que trazer atrativos para o público, como promoções”.
Segundo Priscilla, os presentes preferidos senhoras são vestidos e peças de malha, e para mães mais jovens, blusas mais curtinhas e calças pantalonas. A gerente acrescenta que, na cidade, as pessoas costumam deixar para comprar os presentes em cima da hora, especialmente nos três dias antes da data.
Aproveitando a saída para uma consulta médica no Centro, a psicóloga Cristiane Aparecida, 41, e sua mãe Maria Aparecida dos Reis, 69, passeavam de braços dados pela rua para “dar uma olhadinha” nas vitrines do Dia das Mães. “Ela gosta muito de sapatos e de tênis. Mas a escolha vai depender dos preços, que estão muito ‘salgados’”, diz Cristiane, filha única.
Horário estendido do comércio
Segundo Emerson Beloti, presidente do Sindicomércio, no dia 10 de maio, sábado que antecede o Dia das Mães, o comércio central está autorizado a trabalhar com funcionários até as 17 horas.
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