Eleita por unanimidade para a ALB, sacerdotisa publicou nove livros, entre eles “Meu tempo é agora” e “Òsósi – O Caçador de Alegrias”. Legado espiritual, intelectual e político da ialorixá é lembrado neste centenário. Mãe Stella de Oxóssi, foi uma das maiores yalorixás do Brasil e completaria 100 anos nesta sexta-feira (2)
Antonello Veneri/Divulgação
Maria Stella de Azevedo Santos, mais conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, completaria 100 anos nesta sexta-feira (2). Ela foi a primeira ialorixá eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia e publicou nove livros, entre eles “Meu tempo é agora” e “Òsósi – O Caçador de Alegrias”.
Estudiosa e divulgadora das crenças religiosas africanas, a ialorixá recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 2005. Quatro anos depois, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) concedeu a mesma honraria à sacerdotisa.
Mãe Stella morreu aos 93 anos, em dezembro de 2018, depois de ficar cerca de 15 dias internada em um hospital de Santo Antônio de Jesus, para tratar uma infecção urinária. A doença provocou um quadro de insuficiência renal crônica associada a hipertensão arterial sistêmica.
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Iniciada aos 14 anos de idade para Oxóssi, ela viveu 80 anos dentro do candomblé, guiada no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá – casa que chegou a liderar por mais de quatro décadas.
Relembre abaixo os títulos publicados por Mãe Stella:
“E Dai Aconteceu o Encanto”
“Meu tempo é agora”
“Òsósi – O Caçador de Alegrias”
“Owé – Provérbios”
“Epé Laiyé- terra viva”
“O Que as Folhas Cantam”
A Ialorixá e o Pajé
Ófun
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Eventos em homenagem ao centenário de Mãe Stella
Mãe Stella morreu aos 93 anos, em dezembro de 2018, depois de ficar cerca de 15 dias internada em um hospital de Santo Antônio de Jesus,
Alan Tiago Alves/G1
Em homenagem ao legado espiritual, intelectual e político de Mãe Stella de Oxóssi, diversas homenagens serão realizadas em Salvador. Confira:
📝 Nesta sexta (2), às 15h, os ativistas Clarindo Silva, Luís Guilherme Tavares, Diego Copque, Fernando Coelho e Ivan de Almeida vão realizar um ato simbólico na Ladeira do Ferrão, no Pelourinho, onde Mãe Stella nasceu. A ideia é chamar atenção da sociedade e do poder público para a importância de criar um memorial dedicado à sacerdotisa.
🤝 O Instituto Mãe Stella de Oxóssi será lançado mais tarde, às 18h, no Palacete Góes Calmon. O espaço fica na sede da ALB, no bairro de Nazaré.
De acordo com o presidente da organização, Adriano Azevedo, a entidade nasce com o propósito de desenvolver atividades culturais, desportivas, recreativas e de saúde, além de prestar serviços de assistência social para mulheres, jovens e crianças, vítmas de abuso sexual e em situação de vulnerabilidade. Outra proposta é capacitar e qualificar essas pessoas através de cursos.
📄 Uma delas é a apresentação do seminário “Cartas para Mãe Stella”, no Ilê Axé Iyá Nassô Oká – Terreiro da Casa Branca, no sábado (3), a partir das 10h. Gratuito e aberto à comunidade, o evento pretende levantar reflexões sobre a produção literária da sacerdotisa.
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🎵 Já no domingo (4), terá o concerto Odé Nfè em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), no Cine Solar Boa Vista, às 11h. Os ingressos estão à venda por R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira), através da internet.
A cantora Irma Ferreira e alabês de importantes terreiros de candomblé da Bahia, como Adriano Azevedo (Obá Abiodun do Asé Opô Afonjá, Baloiá do Axé Asiwaju e Ojé Abibaewê do Babá Adebolá), Antonio Marques dos Santos (Ogã de Oxum do Ilê Axé Iyá Nassô Oká), Valmir Christiano de Mattos Filho, Walmizinho (Ogâ de Omolu do Ilê Axé Iyá Nassô Oká) e Ueslei dos Santos Cruz, o Totó (Ogã Otun Alagbê do Terreiro Pilão de Prata) vão participar da apresentação.
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