Mariolas sem açúcar e massas sem glúten: produções mais saudáveis na agroindústria

Equipe da Doces Matilde, de Alfredo Chaves, que produz doces de banana, as mariolas, sem glúten e açúcar

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Clóvis Rangel

Agroindústrias da região Serrana do Espírito Santo estão de olho em uma tendência crescente no mercado de alimentos: a demanda por produtos mais saudáveis e acessíveis a pessoas com restrições alimentares. Entre as novidades, ganham destaque doces sem açúcar, com menos calorias e até livres de glúten.Um dos exemplos dessa transformação vem do distrito de Ibitiruí, em Alfredo Chaves. Ali está localizada a Doces Matilde, especializada na produção de doces de banana — as famosas mariolas —, que agora chegam ao mercado nas versões tradicional, tradicional zero açúcar e sabor gengibre light, todas sem glúten.Sob nova direção desde 2022, a empresa tem sido comandada pelos empresários e amigos Mateus Oliosi e Ulisses Belmok, que enxergaram no reposicionamento da marca uma oportunidade de inovar, sem perder a essência da agroindústria.A empresa produz cerca de cinco toneladas de mariolas por mês, mantendo a produção artesanal e o compromisso com a qualidade.“A tradição é o nosso ponto de partida, mas entendemos que o mercado exige novos olhares. O doce de banana é um clássico, mas pode — e deve — acompanhar as transformações do perfil do consumidor. Temos recebido um retorno muito positivo de pessoas que agora podem consumir um doce típico da nossa região com segurança alimentar. Nosso foco é manter o sabor e oferecer saúde no mesmo pacote”, afirma Mateus.Além das inovações nas receitas, a Doces Matilde valoriza o desenvolvimento local. Toda a banana utilizada na produção das mariolas vem de produtores rurais do próprio município de Alfredo Chaves.“Trabalhar com fornecedores locais é uma escolha estratégica e também uma forma de fortalecer nossa identidade. A qualidade da banana da região é excelente, e isso se reflete no sabor final do doce”, complementa Mateus.Toda a produção da agroindústria é destinada ao comércio da própria região, abastecendo supermercados, mercearias e lojas de produtos artesanais.Em Pedro Canário, a agroindústria Pão de Mãe iniciou a produção de massas sem glúten no ano passado. De acordo com Margarida Lima, uma das proprietárias, as receitas têm feito sucesso.“Os clientes adoram os pães, bolos e pizzas”, conta Margarida.16 mil empregos diretos na agroindústriaSetor: O Estado conta com mais de 4 mil agroindústrias familiares, que geram cerca de 16 mil empregos diretos e movimentam um faturamento superior a R$ 75 milhões anuais. Agrolegal: O Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Agroindústria (Agrolegal), destinou mais de R$ 1,5 milhão para qualificar 250 agroindústrias e empreendimentos rurais. As ações incluíram consultorias em regularização sanitária, rotulagem, boas práticas de fabricação, marketing digital e design de rótulos.Selo Arte: Em 2024, foram emitidos 15 certificados do Selo Arte, que identifica produtos de origem animal genuinamente artesanais, permitindo sua comercialização em todo o território nacional.Inclusão de Comunidades Tradicionais: Entrega de três Selos Quilombos do Brasil a organizações quilombolas, reconhecendo e valorizando a produção agrícola dessas comunidades.Fonte: Incaper

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