São Paulo recebeu, entre os dias 24 e 26 de abril, um encontro transformador: o CLAPI CLUB. Mais do que um evento sobre empreendedorismo e políticas públicas, a iniciativa — liderada por Clara Medeiros e Daniel Cavaretti — tornou-se um espaço de valorização dos saberes territoriais, com atenção especial às periferias urbanas e às comunidades tradicionalmente invisibilizadas nos grandes debates nacionais.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento territorial integrado, o CLAPI CLUB reuniu representantes de diferentes realidades do Brasil, conectando líderes do setor público e privado a agentes culturais e empreendedores das bordas das cidades. A proposta: demonstrar que o verdadeiro motor da economia está na base da pirâmide, onde se concentra a maioria da população, a maior diversidade cultural e étnica do país — e também um imenso potencial criativo e produtivo.
Entre os destaques, Acássio Reis, fundador do Instituto Unidos de Paraisópolis, protagonizou uma apresentação musical que uniu ritmos e sonoridades das periferias brasileiras. Mais que um show, foi uma demonstração viva da riqueza cultural da comunidade, revelando o poder simbólico e econômico da arte produzida nas quebradas.
Rubia Mara, fundadora da Colmeia Tiradentes e representante da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, trouxe reflexões importantes sobre a necessidade de políticas públicas que reconheçam e fortaleçam os territórios periféricos como centros legítimos de produção de conhecimento, cultura e soluções urbanas.
Maike Lima, criador do Mob Mobiliza, compartilhou sua trajetória no ABC Paulista e como iniciativas de base têm impulsionado transformações reais nas comunidades, com foco em mobilização social, formação e geração de oportunidades para jovens.
Já Anderson Jedai, diretamente do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, apresentou experiências bem-sucedidas de coletivos comunitários que enfrentam desafios estruturais e promovem alternativas sustentáveis dentro das próprias favelas, mostrando como o protagonismo local é a chave para resolver problemas históricos.
A presença de nomes como Igor Moraes (Kings Sneakers), Andrea Matarazzo, João Kleber, Lindomar Góes, Renata Piselli, Mara Ferraz, Marta Lívia Suplicy, Leilane Sabatini e Leonardo Flakes completou a programação, demonstrando que é possível — e necessário — promover diálogos entre diferentes esferas sociais para construir um Brasil mais integrado.
O CLAPI CLUB se firmou como um espaço de escuta ativa, troca e valorização da pluralidade dos saberes brasileiros. Um movimento que compreende que o crescimento econômico e social só será sustentável se incluir todas as partes da cidade — especialmente as historicamente marginalizadas — como protagonistas do desenvolvimento.
Ao unir São Paulo, Rondônia e tantos outros territórios em uma mesma conversa, o evento reforçou o poder da diversidade como ativo estratégico para o futuro do país.





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