Espera por Ancelotti fez CBF patinar com 3 técnicos e viver crise

A CBF mirou o italiano Carlo Ancelotti desde a saída de Tite com a eliminação nas quartas da Copa do Mundo de 2022, há mais de dois anos. De lá para cá, o Brasil teve três técnicos “tampões”, enfrentou crise nas Eliminatórias e agora se frustra pela segunda vez com seu plano A para assumir a seleção pentacampeã.

PRIMEIRA TENTATIVAA entidade máxima brasileira queria um treinador de renome após a última Copa e tinha Ancelotti como favorito para comandar o ciclo até 2026. O treinador do Real Madrid foi sondado antes mesmo do início do mundial no Qatar, já que a saída de Tite era certa, e havia se mostrado inclinado a abrir conversas, mas só deixaria o clube no final da temporada europeia – ou seja, após junho de 2023.No entanto, a negociação foi se arrastando em 2023, enquanto o interino Ramon Menezes tapava a lacuna imediata no cargo. O técnico da base da seleção ficou à frente da equipe principal por três compromissos, todos amistosos, conquistando apenas uma vitória.Leia Mais:Ancelotti desiste de treinar a Seleção BrasileiraIrritado com a CBF, Florentino Pérez barrou saída de AncelottiO fracasso de Ramon e o início das Eliminatórias Sul-Americanas fizeram a CBF recorrer a Fernando Diniz enquanto seguia aguardando Ancelotti. O então técnico do Fluminense conciliaria o comando do clube com a seleção até a chegada do italiano, que era esperado para a disputa da Copa América, em junho de 2024.Em dezembro daquele ano, veio o primeiro golpe: a renovação do técnico com o Real Madrid até 2026. A extensão do contrato na Espanha frustrou o comando da CBF, que dava como certa a chegada do italiano.

SOMBRA DE ANCELOTTIDiniz também não emplacou e foi rapidamente substituído por Dorival, que pegou o Brasil quase fora da zona de classificação para a Copa. Ele assumiu como segunda opção, deixou o São Paulo após se sagrar campeão da Copa do Brasil de 2023, para virar o terceiro a treinar a seleção brasileira em menos de um ano e com o desafio de tirar a equipe da crise.O sexto lugar nas Eliminatórias fez o Brasil viver situação complicada e ver a pressão aumentar. Sob o comando de Tite, a seleção se classificou antecipadamente e com a liderança isolada para as duas última edições da Copa.Dorival oscilou, apesar de fazer o Brasil subir na tabela, e ficou no cargo até o último mês de março. O técnico foi demitido após a goleada histórica para a Argentina. A CBF, então, reabriu a busca por um estrangeiro.

NOVA FRUSTRAÇÃO COM O ITALIANONovamente sem técnico, CBF retomou o foco em Ancelotti e tinha quase tudo certo até nesta terça-feira (29), quando o italiano retrocedeu no acerto. A especulação recente irritou o presidente do Real, Florentino Pérez, e a negociação com o treinador travou.A seleção fica com o cargo vago mais uma vez a menos de dois meses do próximo jogo oficial. O Brasil visita o Equador e recebe o Paraguai na Data Fifa, marcada para o início de junho.Faltam apenas quatro rodadas para o fim das Eliminatórias, e o escrete canarinho está a dez pontos de distância da líder Argentina. Os pentacampeões aparecem em quarto na tabela, com 21 pontos.

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