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A movimentação acontece três meses antes das eleições internas para a escolha do novo dirigente partidário após o atual presidente Éden Valadares anunciar que não concorrerá à reeleição, conforme publicado por A TARDE, em março deste ano.Com base no comunicado, as tendências dizem estar insatisfeitas com a atual condução do PT na Bahia e apostam em uma mudança e na autonomia da sigla.“É o projeto coletivo que deve guiar nossa atuação”. “A atual conjuntura política impõe grandes desafios. Reorganizar o partido para oferecer esperança e alimentar os sonhos de um futuro coletivo, com mais dignidade e cidadania, deve ser o fio condutor de nossas ações neste PED”, diz outro trecho da nota.Eleições 2026Mirando as eleições de 2026, as forças políticas também mencionaram a importância do fortalecimento das bancadas do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e na Câmara dos Deputados a fim de enfrentar o grupo de oposição. “Garantir a ampliação de nossas bancadas é fundamental para defender e ajudar os governos de Jerônimo e Lula no próximo período”, afirmaram. No comunicado, eles também dizem que o partido deve “impedir que projetos da direita carlista e da extrema-direita retomem o controle do Estado”.Eixo de atuaçãoPara isso, as forças políticas da legenda propõem uma plataforma dividida em quatro eixos principais: Autonomia Partidária, Gestão Coletiva e Democrática, Atualização Programática e Fortalecimento Eleitoral.“O PT precisa de uma direção que esteja presente nos territórios, realizando reuniões em diferentes regiões, fortalecendo a militância e ampliando o enraizamento popular do projeto político do partido”, diz o texto.Éden fora da disputaAtual presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores, Éden Valadares não será candidato à reeleição para o cargo, que comanda há seis anos. A decisão foi tomada por ele após indecisão e consultas com familiares e correligionários. A declaração foi dada com exclusividade ao Portal A TARDE.Defensor da renovação de quadros políticos do partido, inclusive no comando da sigla, Éden falou em “ciclo cumprido” e que a hora é de dar oportunidade ao novo. Éden já vinha tratando do assunto publicamente desde o início do ano, mas enfatizava que decisão só sairia após o Carnaval.“É preciso dar oportunidade para que um novo quadro, um novo dirigente, tenha oportunidade de continuar esse processo de promoção de novas lideranças e de renovação do partido. Além do mais, aprendi com Zezéu e Wagner que na política a gente não pode ter apego aos cargos. A gente cumpre ciclos e renova novos desafios. Josias cumpriu o ciclo dele, Jonas, Everaldo, agora eu cumpri e é chegada a hora de dar oportunidade ao novo”, disse.