Policiamento reforçado na Gal Costa após união o PCC e Tropa do A

Um clima de temor tomou conta de alguns moradores de Salvador, desde que fogos anunciaram, na noite da terça-feira, 29, uma suposta coalizão entre as facções Primeiro Comando da Capital e Tropa do A, além do fim da trégua entre o PCC e o Comando Vermelho (CV), nos bairros Sussuarana, Pau da Lima, São Marcos, Jardim Cajazeiras e Cajazeira XI. A queima de fogos foi registrada por meio de vídeos e divulgada nas redes sociais.”Aqui está tudo tranquilo. Mas não vou dizer que a gente não fica com medo. Não sabemos o que está acontecendo de fato, precisamos nos preservar”, avaliou um morador de Sussuarana, sob anonimato, ao Portal A TARDE.Por conta da sensação de insegurança, policiais miliatres da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Sussuarana) reforçaram o policiamento no bairro e em alguns pontos da Avenida Gal Costa, via que faz divisa com Sussuarana, Pau da Lima, São Marcos e Jardim Cajazeiras.”O policiamento está reforçado sim. Na área ali, principalmente, nas imediações da Gal Costa. A gente continua operando normalmente com viaturas, com autopatrulhamento, com atuação de policiais e unidades especializadas. Não importa a facção que esteja operando, nós vamos desbaratar todas. Nós estamos atentos e vigilantes 24 horas por dia”, afirmou o major Hugo Marcel, comandante da 48ª CIPM/ Sussuarana, ao Portal A TARDE.Questionado sobre a fusão entre a Tropa do A e o PCC, o comandante reforçou que não fala sobre a atuação das facções e que ainda não tem informaçãoes suficientes que indiquem a veracidade das informações que circulam na internet.

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“Na verdade, o que que acontece. A gente não comenta muito sobre essas ações exibicionistas dos traficantes. A gente não comenta para não dar ibope. Por enquanto, não temos mais informações sobre isso. A gente nem confirma se foi de facção criminosa, se foi de um grupo querendo produzir uma fakenews, a gente não confia nesse tipo de informação”, concluiu o major.O PCCO Primeiro Comando da Capital, também chamado de Partido do Crime e de 1533 – por conta da ordem das letras P e C, que ocupam a 15ª e 3ª posições no alfabeto -, foi fundado em 31 de agosto de 1993, por oito internos, em um anexo da Casa de Custódia de Taubaté, em São Paulo, o Piranhão. Os presidiários, récem-transferidos de uma unidade da capital paulista, eram conhecidos como Os da capital.A organização criminosa foi criada após o grupo de detentos matar um dos criminosos mais temidos do presídio, durante uma partida de futebol, e domininar o comando do local.A Secretaria de Segurança PúblicaEm nota, a Secretaria de Segurança Pública dp estado (SSP/ BA), ressaltou que o trabalho de combate ao crime organizado segue firme e sem trégua. “A SSP-BA reforça que o combate continuará de forma incansável, com integração entre as forças policiais estaduais e federais, ampliação do trabalho de inteligência e com investimentos constantes em novos efetivos, estruturas e equipamentos”, diz um trecho do documento.Ainda na nota, o órgão reforçou que as ações integradas das policiais em combate ao crime têm dado resultados positivos.”As operações policiais continuam sendo realizadas de forma preventiva, pela Polícia Militar, e também com investigações, como a realizada nesta quarta-feira (30), pela Polícia Civil da Bahia, de forma integrada com outras forças estaduais e federais. Nesta operação, que cumpre 17 mandados de prisão e revela uma rede interestadual ligada ao tráfico e comércio ilegal de armas, foi capturado, em São Paulo, um traficante que integrava o Baralho do Crime”, afirmou a instituição.

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