Hoje, 100% dos pacientes que necessitam de internação de média e alta complexidade são atendidos pelo Estado, já que a cidade não conta com uma estrutura própria para esse fim
Roberta Santana – secretária estadual da Saúde
A Sesab ressalta que 60% dos casos pediátricos e 85% dos adultos provenientes da cidade poderiam ser resolvidos nas unidades básicas de saúde, se não fosse a falta de médicos, o que força a população a buscar atendimento nas emergências.Ainda com relação ao baixo índice de vacinação infantil, a secretária chama a atenção ainda para uma situação que é ainda mais grave. “Exemplos preocupantes incluem a vacina BCG, que previne contra as formas graves da tuberculose e tem cobertura de apenas 64,85%. Isso sem falar das vacinas contra a Poliomielite, Covid-19, Pentavalente, Hepatite B, Rotavírus Humano, dentre outras que estão longe da meta de 95%, mostrando que o município falha em proteger suas crianças contra doenças graves”, afirma a secretária.
Colbert Martins (MDB), prefeito de Feira de Santana
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De acordo com a Sesab, a crise na Saúde em Feira de Santana não é recente. “O problema na saúde pública de Feira de Santana se intensificou ao longo dos anos, com ex-prefeitos deixando lacunas significativas na área. A falta de estrutura e investimentos municipais sobrecarregam o sistema de saúde e faz com que o Estado assuma quase toda a responsabilidade pelo atendimento à população”, destaca a pasta em comunicado.A Sesab afirma que o governo estadual tem atuado para amenizar essa situação, com a abertura de 162 novos leitos no município, considerando apenas os investimentos de 2023 até hoje. E mais recentemente, autorizou a ampliação do Hospital Geral Clériston Andrade, com um investimento de R$ 48 milhões. “Além disso, o Estado destina anualmente mais de R$ 576 milhões para a saúde do município, garantindo serviços essenciais como UTI, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia eletiva”, acrescenta.Para a secretaria, o histórico de problemas na saúde de Feira de Santana mostra que a gestão municipal, tanto na atual administração quanto em anteriores, tem falhado em atender as necessidades da população, deixando a responsabilidade para o governo estadual.