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Fabio Nunes/AT
A Festa da Penha deste ano foi marcada pela morte do papa Francisco e pela manifestação da fé e devoção do povo capixaba. Foi assim que o arcebispo de Vitória, dom Ângelo Ademir Mezzari, descreveu a festividade em coletiva de imprensa realizada ontem, no último dia do evento. “Balanço verdadeiramente positivo. É uma das maiores expressões da cultura de fé e experiência religiosa do povo capixaba”, destacou o arcebispo. Em nove dias de celebração, foram realizadas 54 missas, 14 romarias e reunidas mais de 2,7 milhões de pessoas, segundo a organização do evento. “É uma programação muito intensa e variada. Bastante eclética, permite que todo o povo possa manifestar sua fé. Da minha parte e da Arquidiocese de Vitória, muita gratidão”, destacou.Ele também ressaltou que a morte do papa Francisco, no primeiro dia da Festa da Penha, no último dia 21, foi um marco e uma oportunidade de lembrar o que ele ensinou. “O papa Francisco resgatou na Igreja a questão da piedade e da religiosidade popular como forma de expressar a fé em Jesus Cristo e no Evangelho. Em todos os dias, em todos os momentos, não só nas celebrações, ele foi lembrado”, observou. Além da clássica romaria realizada caminhando, como a dos Homens e das Mulheres, também foram realizadas romarias a cavalo, de caiaque, moto, entre outros meios de transporte. No total, segundo a organização do evento, foram percorridos 600 km. O frei Gabriel Dellandrea, guardião do Convento da Penha, destacou a presença expressiva da população na Romaria dos Homens, no último sábado – um dos eventos mais aguardados dentro da programação. “Foi um ponto alto do evento. Muito aguardado por todo o povo capixaba, inclusive por pessoas não católicas. Para cada romeiro que participou, tenho certeza, a romaria representou um milhão de motivos para continuar caminhando na sua fé”. Porém, para o frei Gabriel, um dos destaques deste ano foi a “Penha Peregrina”, quando a imagem de Nossa Senhora da Penha foi ao encontro dos fiéis. “Por cinco dias, a imagem visitou locais simbólicos”, disse. Um deles foi o Centro Prisional Feminino de Cariacica.
