Camisa vermelha pode entrar na coleção alternativa da Seleção; veja

A possível nova camisa vermelha da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 é um dos assuntos mais comentados no mundo do futebol desde a segunda-feira, 28. Aprovado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda em 2024, o modelo será utilizado durante o torneio que ocorrerá nos Estados Unidos, México e Canadá.A adoção da cor marca uma ruptura com as tradições do uniforme da Seleção, mas não é inédita. Em outras ocasiões, a equipe brasileira já atuou com camisas que fugiam do padrão, muitas vezes por necessidade, e a cor vermelha não é novidade.A primeira vez que o Brasil usou vermelho foi em 1917, em duas partidas da Copa América. Após sorteios com Uruguai e Chile — seleções que também usavam branco — a delegação brasileira entrou em campo com camisas vermelhas. Em 1919, durante um amistoso contra a Argentina, o time brasileiro homenageou o goleiro uruguaio Roberto Chery, que havia morrido após se lesionar no torneio, usando o uniforme do Peñarol.O improviso também apareceu em 1927, quando a Seleção utilizou o uniforme do Independiente, da Argentina, em um duelo contra o Peru, vencido por 3 a 2. Em 1937, enfrentando o Chile na La Bombonera, o Brasil vestiu o uniforme do Boca Juniors e venceu por 6 a 4. Já em 1938, contra a Polônia nas oitavas de final da Copa do Mundo, o time atuou de azul pela primeira vez, vencendo por 6 a 5.

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CBF precisa mudar estatuto para liberar camisa vermelha da Seleção

Mais recentemente, em 2023, a CBF lançou um uniforme preto em ação contra o racismo, utilizado no primeiro tempo do amistoso contra Guiné. O Brasil venceu a partida por 4 a 1.Apesar da reação dividida entre torcedores e especialistas, a adoção da camisa vermelha não fere o Estatuto da CBF. De acordo com o artigo 13, inciso 3 do regulamento, os uniformes podem variar de cor, desde que aprovados pela diretoria da entidade:“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria […] sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria.”Segundo fontes ligadas à CBF, há pouca margem para mudanças no modelo antes do Mundial, já que o contrato com a fornecedora Nike exige definição com dois anos de antecedência. Caso haja forte pressão, o presidente Ednaldo Rodrigues poderia solicitar uma alteração de cor — como um retorno ao tradicional azul. No entanto, a Nike não teria obrigação de acatar o pedido, o que poderia gerar desgaste entre a empresa e a entidade.

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