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– Reprodução/Redes Sociais
A perícia realizada pela Polícia Técnico-Científica no veículo de Maicol Antônio Sales dos Santos, 23, suspeito de matar Vitória Regina de Sousa, 17, encontrou material biológico de três perfis genéticos. A informação consta no relatório final entregue pela Polícia Civil na sexta-feira (25).O documento foi encaminhado ao Poder Judiciário com um pedido de conversão da prisão temporária de Maicol para preventiva (sem prazo).A análise achou material genético da adolescente e do suspeito nos encostos dos bancos frontais do veículo na porção posterior e em no porta-malas. A perícia, porém, não conseguiu identificar quem seria a terceira pessoa, apenas que é um homem. “O terceiro perfil encontrado na parte posterior do banco dianteiro direito do mesmo veículo, ainda inconclusivos e sem elementos adicionais, sendo certo que pertenceria a um indivíduo qualquer, sem vinculação genética a Maicol e Vitória”, diz trecho do relatório assinado pelo delegado Fabio Lopes Cenachi, ao qual a reportagem teve acesso.No laudo, os peritos levantam como possibilidade também que o terceiro perfil seja uma mistura do material de Vitória e de Maicol. O delegado, porém, afirma no documento que ele pertence a “um terceiro masculino não identificado.” Vitória desapareceu no final da noite de 26 de fevereiro ao retornar do trabalho. Naquele dia, de acordo com a investigação, Maicol rastreou os passos dela pelas redes sociais. O suspeito teria apagado as movimentações, que foram descoberta pelos policiais com o uso de um aplicativo autorizado pela Justiça.Para os policiais civis, Vitória foi sequestrada e morta por Maicol, que teria agido sozinho. Os investigadores apontam que uma pessoa poderia ter ajudado ele apenas a ocultar o cadáver da adolescente. Segundo a polícia, ele confessou ter cometido o crime e disse que ofereceu carona para Vitória naquele dia. No interior do veículo, teriam discutido, e ele então a esfaqueou.A confissão, porém, não é aceita pela defesa de Maicol. Eles consideram que o interrogatório não tem validade, uma vez que não estavam presentes naquele momento.Os advogados afirmam ainda que Maicol foi coagido para confessar. Procurados, eles não quiseram se manifestar sobre o terceiro perfil genético apontado no carro.A Polícia Civil diz que a participação de Maicol no crime se tornou ainda mais evidente após a perícia ter encontrado manchas de sangue de Vitória na casa dele, mais precisamente na porta do banheiro.A perícia, segundo a Polícia Civil, ainda teria encontrado resíduos do crime na pia da cozinha e encanamento, piso e tomada do quarto, além de amplas áreas nos pisos da sala e da cozinha.