Deputado baiano comemora falta de pressa para PL da Anistia

O deputado federal Bacelar (PV-BA) elogiou, nesta segunda-feira (28), a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de não pautar com urgência o Projeto de Lei da Anistia. O parlamentar ressaltou que não se deve “passar a mão pela cabeça” dos participantes dos ataques de 8 de janeiro de 2023, na sede dos Três Poderes, em Brasília.Motta realizou uma reunião com líderes partidários, na última quinta-feira (24), e informou que o debate sobre o tema será adiado, na tentativa de buscar um acordo entre todos os envolvidos, mesmo com a oposição tendo colhido 264 assinaturas para pautar com urgência o pedido de anistia.“O deputado Hugo Motta, com a sua juventude, tem sido muito sábio nas decisões que tem tomado. Nós não podemos anistiar quem comete crime hediondo, e a tentativa de derrubada do Estado democrático é um crime hediondo. O golpe, a tentativa de golpe, é um crime hediondo. ‘Ah, mas o golpe não aconteceu’. Ora, se acontecesse, a gente não estaria aqui, estaríamos presos. Esse é o tipo de crime que, só o planejamento, só a tentativa, já é crime. O sujeito pensa em assaltar um banco, vai comprar um carro para assaltar o banco, vai comprar uma arma. Não faz nada disso, não é crime. Mas, no caso de um atentado contra a democracia, isso é crime e precisa ser tratado com muito rigor para que esse exemplo não se repita e não prospere”, disse Bacelar em conversa com o Grupo A TARDE.O parlamentar também afirmou entender a discussão para atenuação da pena dos envolvidos na invasão do 8 de janeiro, porém ressaltou que é incabível que a anistia seja estendida aos cabeças da tentativa de golpe de Estado, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).“A dosimetria da pena de quem praticou aqueles atos terroristas no dia 8, tudo bem, até aí eu admito. Agora, anistiar Bolsonaro, anistiar os generais que tramaram o golpe, que pensaram em assassinar o presidente da República, que pensaram em matar o vice-presidente, em matar o ministro Alexandre de Moraes… Tudo isso foi tramado no Palácio do Planalto. Então, é uma situação que merece todo o rigor”, destacou Bacelar.