O Paysandu apresentou um futebol interessante no primeiro tempo contra o CRB, neste domingo (27), mas não conseguiu transformar o bom volume de jogo em vitória. O empate, mais uma vez em casa, deixou a torcida alviceleste frustrada, principalmente pela quantidade de chances desperdiçadas e pela dificuldade em marcar gols. Com uma expulsão no segundo tempo, o jogo se tornou ainda mais dramático, e o Papão viu o adversário sair com o empate do Mangueirão.O técnico Luizinho Lopes, em sua coletiva após o jogo, analisou os altos e baixos da equipe. O primeiro tempo foi, na visão dele, o melhor da equipe até aqui na competição. “Nós tínhamos tudo para ter uma tarde brilhante, porque iniciamos brilhantemente”, afirmou o treinador. CONTEÚDO RELACIONADOPaysandu empata com CRB e frustra torcida no MangueirãoQual o melhor jogador estrangeiro do Paysandu em 2025?Atacante Marcelinho comemora segundo título pelo PaysanduSegundo Luizinho, o Paysandu mostrou boa movimentação ofensiva, com boas jogadas pelos flancos e também pelo meio. No entanto, a falta de eficácia nas finalizações impediu que o time saísse na frente no placar. “Até o gol do CRB, nós tivemos treze finalizações, sendo que algumas dessas chances foram extremamente claras”, explicou Luizinho, destacando que as jogadas criadas pela equipe eram bem trabalhadas e o time estava bem organizado no ataque.Quer mais notícias do Paysandu? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.EXPULSÃO NO SEGUNDO TEMPOApesar de todo o domínio inicial, o time bicolor sofreu um revés com o gol sofrido. “Tomamos um gol como nós tomamos”, lamentou o treinador, apontando a falha defensiva em uma jogada que aconteceu após um jogador bicolor, que estava trabalhando bem na partida, sentir a coxa. “O jogador sentiu a coxa e o adversário entrou livre na área para marcar”, explicou o treinador, que viu o time se desestabilizar ainda mais após a expulsão de Leandro Vilela.Em desvantagem numérica, o Paysandu teve que se reestruturar e diminuir o ritmo para evitar novos contra-ataques do CRB, que tem qualidade ofensiva, principalmente com jogadores como Danielzinho e Gegê. “Com um a menos, o jogo ficou mais dramático, mas ainda assim tivemos duas chances claras para fazer o gol”, comentou o técnico.FALTA DE EFICÁCIA NAS FINALIZAÇÕESA principal crítica de Luizinho foi a falta de eficiência ofensiva do time. Para ele, a diferença entre um jogo vitorioso e outro que termina em empate está diretamente ligada à capacidade de aproveitar as chances criadas. “Eu não gosto de falar de sorte em futebol, que é alto rendimento e performance. Vou falar de eficácia”, disse o treinador. Ele destacou que o time criou diversas oportunidades, mas falhou nas finalizações, especialmente em momentos cruciais do jogo. “Criamos muito no início, tínhamos tudo para estar com 2 ou 3 gols de vantagem ainda no primeiro tempo, mas a bola não entrou”, lamentou.EVOLUÇÃO SEM VENCERO técnico também reconheceu que a equipe tem mostrado evolução, principalmente na parte defensiva. “Estamos analisando que a defesa do Paysandu tem se encontrado mais”, comentou Luizinho, destacando a boa atuação de novos jogadores como Novidio e Heverson, que têm se mostrado importantes para a equipe.A defesa, no entanto, não foi suficiente para evitar o empate, e o principal desafio do treinador segue sendo o setor ofensivo. “A parte ofensiva talvez seja o maior calcanhar de Aquiles hoje. A gente tem dificuldade para fazer gol em casa, enquanto o adversário consegue nos marcar com facilidade”, reconheceu.PRESSÃO DA FIELLuizinho também falou sobre a pressão que a torcida bicolor coloca sobre os jogadores, especialmente em relação aos atacantes. “A torcida cobra muito o Nicolas, mas o Benítez também tem, os homens de lado também têm essa responsabilidade”, afirmou o treinador, sugerindo que o problema não é restrito a um único jogador, mas sim a todo o setor ofensivo. “Não é só um jogador que precisa fazer mais gols, mas a equipe como um todo. O futebol é coletivo”, afirmou, destacando que todos têm um papel na melhoria do desempenho ofensivo.Apesar das críticas à falta de gols, o técnico fez questão de valorizar a entrega dos jogadores e o apoio da torcida. “Quero parabenizar o torcedor, que fez uma festa linda hoje no Mangueirão. Eles entenderam o esforço dos jogadores, e isso é fundamental”, destacou Luizinho. O time, mesmo com as dificuldades, se mostrou aguerrido e não desistiu da vitória. “Nós começamos o jogo com muita energia boa, estávamos bem compactados, transitando bem e criando boas chances”, resumiu o técnico. Para ele, o empate não reflete o que o Paysandu apresentou em campo, especialmente no início da partida.”TEM QUE TER PACIÊNCIA”O treinador também reconheceu que a dinâmica do futebol exige paciência. “Às vezes, você tem que ter mais paciência. Criamos muito, mas a bola não está entrando com naturalidade”, disse, lembrando que o time tem um bom elenco e que o trabalho está sendo bem feito, mas a parte ofensiva ainda precisa de ajustes.”Estamos com dois títulos, a Copa Verde e a Grão-Pará, e estamos na final do Paraense também. O trabalho continua e, em breve, as vitórias vão vir”, afirmou Luizinho, concluindo que o time vai seguir lutando para melhorar os resultados.Por fim, Luizinho Lopes reafirmou a confiança em seus jogadores e na capacidade do time de superar as dificuldades. “O elenco é forte, estamos no caminho certo. Vamos continuar trabalhando para ajustar a eficácia e, assim, alcançar as vitórias que o torcedor tanto deseja”, concluiu o técnico.VEJA MAIS:
“Paysandu precisa de mais eficácia”, diz Luizinho após empate
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