A empresária alagoana, Giuliana Omena, saiu do Brasil e foi morar nos Estados Unidos, após denunciar o ex-marido, o também empresário Igor Santana, por violência doméstica, psicológica e patrimonial. No entanto, nessa sexta-feira (25), o advogado de defesa, Napoleão Júnior, contestou a versão dela em um vídeo publicado nas redes sociais (veja ao final da matéria).
Giuliana tem 33 anos e teve um relacionamento de quase 16 anos com o ex-companheiro. Ela relatou que possuía uma loja de roupas em Maceió em sociedade com ele e que demorou a perceber que vivia em um relacionamento abusivo. “Eu achava que uma mulher só era agredida se levasse um soco no rosto. Ou se ela fosse espancada ao ponto de ter que ser socorrida no hospital.”
O advogado apresenta um vídeo que mostra uma discussão do casal e alega que o cliente dele foi tratado “com violência”. “Giuliana ainda fala que teve que sair do Brasil com medo do seu ex. Só que Juliana esqueceu de dizer pra todo mundo que o pai dela reside nos Estados Unidos, na cidade de Boston. Inclusive, o Igor, seu ex-companheiro, já visitou várias vezes o sogro que mora em Boston.”
Para a defesa, as fotos que a empresária posta no Instagram, nas quais aparece sorridente, seriam “provas” de que a mulher não estaria “com medo”. “Olha o sorriso dela, como ela abraça as pessoas”, aponta Napoleão.
Gastos no cartão
Segundo a advogada de Giuliana, Amanda Montenegro, Igor administrava o dinheiro da loja e não permitia a ela qualquer acesso às contas bancárias. Todos os gastos dela eram controlados pelo companheiro. Além disso, ele também não permitia que Giuliana tivesse cartões de crédito e débito. Além disso, o ex-marido da empresária também teria praticado violência psicológica contra a vítima e forjou documentos para dizer que ela teria doenças mentais.
No entanto, o Napoleão disse que teve acesso aos cartões de crédito dela, com um histórico completo dentro do período de 11 meses. Segundo os comprovantes apresentados por ele, Giuliana teria gasto, somente com delivery de comida, quase R$ 16 mil, chegando a pagar cerca de R$ 3 mil apenas em um único mês.
Já em relação a gastos em salões de beleza, o advogado expôs que ela teria gasto um valor maior que R$ 4 mil; gastos com lojas de grife e outras despesas somavam mais de R$ 54 mil. Ao todo, dentro do período avaliado por ele, a mulher teria gastado mais de R$ 77 mil.
Controle financeiro da empresa
“Ela ainda relata que não tinha acesso às contas da empresa, mas não informou que fazia parte de um grupo de WhatsApp onde ela estava no grupo, seu ex-companheiro e a equipe de gestão financeira da loja, os prestadores de serviços – técnicos nessa área. No vídeo que ela grava, mostra a solicitação através de prints, onde requer acesso às contas da empresa, mas não mostrou a parte onde as pessoas respondem dando acesso às planilhas ou à movimentação da empresa”, diz Napoleão.
O advogado ainda ressalta que Giuliana fez diversas viagens, além de ostentar outros luxos, como carros caros, enquanto mantinha o relacionamento com Igor. Ele ainda fala sobre cirurgias estéticas que a mulher teria feito.
Casa de São Miguel dos Milagres
No processo em que ela pede a medida protetiva, o advogado contou que ela solicitou, durante o plantão judiciário, que o afastamento do ex-companheiro da casa que eles tinham em Maceió fosse estendido para a residência de veraneio, que era do casal, situada em São Miguel dos Milagres.
“Ela alega que seria para preservar a saúde mental e o bem-estar, uma vez que o local representa um verdadeiro refúgio para ela, neste momento de fragilidade”. Napoleão detalhou que o juiz plantonista negou o pedido, alegando que não existe comprovação que o local seja uma extensão do lar, ou de alguma “necessidade latente” dela, além do fato da residência estar no nome do ex.
Volta ao Brasil
Napoleão conta que Giuliana voltou ao país após ter ganhado seguidores na conta pessoal, mas, ao retornar, utilizou apenas a conta empresarial da loja, que ainda é dela e do ex, para fazer um chamativo às clientes, dizendo que “agora está tudo tranquilo e que as clientes, a loja voltará ao normal e que as clientes podem retornar à loja”.
Ao final, o advogado sustenta a tese de que o cliente dele está sendo hostilizado pela sociedade e que a ex-mulher queria “tomar posse de tudo”.
Veja o vídeo completo: