Equipe baiana promete primeiro título mundial para o Brasil

A equipe Brazil Multisport, formada por três baianos e um tailandês, é um dos 12 quartetos participantes da Corrida da Aventura, etapa de Lençois, a ser realizada de 3 a 11 de maio. O time, que já é tetracampeão Sul-Americano, quer ser o primeiro campeão mundial dessa competição.

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A Corrida da Aventura integra várias modalidades como corrida e/ou trekking, mountain bike, canoagem, orientação por mapa e técnicas verticais (rapel e ascensão), e a ultramaratona — corrida superior aos 42km das maratonas tradicionais. A etapa de Lençois contará com 500 km de percurso para ser concluída em, no máximo, 10 dias.A atleta profissional Camila Nicolau, 39 anos, e capitã da equipe baiana, destaca que cada membro do time deve estar alinhado, não apenas fisicamente, mas também mentalmente, para enfrentar os desafios que surgem durante a prova. “A navegação com mapas, além de gerenciar o sono e a alimentação, são detalhes que podem fazer toda a diferença entre o sucesso e o fracasso”, explica a capitã.

equipe Brazil Multisport

|  Foto: ENRIQUE BLANCO

Para Guilherme Pahl, 44, navegador da equipe, conta que o foco principal é no título e na classificação, já que cada prova tem seu próprio desafio e circunstâncias únicas. E a dinâmica de ter uma etapa qualificatória, como a da Bahia, sua terra natal, adiciona ainda mais emoção e pressão ao processo.”Essa equipe tem muito tempo nesse esporte e hoje estamos todos no nosso auge. Participar de uma etapa do circuito mundial em casa é um sonho realizado e uma oportunidade única de mostrar ao mundo o talento e a beleza da Bahia. Quero agradecer o apoio da Sudesb, que é fundamental para alcançar nosso objetivo”, ressalta Guilherme.

Etapa Africa

|  Foto: ENRIQUE BLANCO

O tailandês Jay Jantaraboom, 39, que segundo a capitã Camila é o motor da equipe, é acostumado com o terreno de mata fechada, subidas íngremes, cachoeiras e todos os elementos que eles irão encontrar na Chapada Diamantina. “Não conheço, mas, pelas imagens, a Chapada Diamantina tem muita similaridade com a Tailândia: o clima tropical, a floresta, o ambiente natural, tudo é parecido. Espero me sentir em casa”, disse o atleta tailandês.O vice-presidente da Confederação Brasileira de Corrida de Aventura (CBCA), Arnaldo Maciel, relembra que a etapa de Lençóis será o primeiro evento esportivo na região após o fechamento, há cerca de 23 anos.“Espero que esse evento, que vai reunir atletas de todas as regiões do país e de outros países como França, EUA, México, dentre vários outros, seja um vetor para impulsionar a prática de modalidades esportivas nesta região”, projeta Marcial.Sobre a competiçãoDurante os dias 3 e 11 de maio a Chapada Diamantina (Lençois) será palco para a Malacara Race, uma corrida de aventura que reunirá 192 atletas de 14 países.Os competidores percorrerão de forma autossuficiente cerca de 500 quilômetros, divididos em trechos de trekking (caminhada e corrida de trilha), canoagem, mountain bike, técnicas verticais e uma modalidade surpresa.A prova é uma das etapas classificatórias do Adventure Racing World Series (ARWS), o campeonato mundial de corridas de aventura. A equipe que vencer a etapa na Chapada Diamantina tem vaga garantida na grande final da ARWS, que este ano será no Canadá, em setembro.LargadaA largada acontece na cidade de Lençois, no Mercado Cultural, no domingo (4/5) às 9h, quando 56 equipes (40 quartetos obrigatoriamente mistos, 2 duplas mistas e 12 duplas masculinas) iniciam uma jornada non-stop de vários dias.O roteiro exato não é divulgado com antecedência, pois a orientação por mapas cartográficos e bússola também faz parte do desafio dos atletas. Eles devem passar por todos os postos de controle (PCs) e as áreas de transição (ATs) marcados no mapa. Como cada equipe vai de um PC ao outro depende da estratégia dela. As equipes não podem usar GPS, mas podem usar computadores de bike no guidão.Os atletas não podem receber assistência não autorizada pela organização do evento, conforme regulamento. Ou seja, eles não podem, por exemplo, buscar informações prévias sobre o percurso ou deixar alimentos ou equipamentos em pontos estratégicos. Mas eles podem durante a corrida comprar comida na “vendinha” local ou interagir com a população, inclusive para perguntar sobre o melhor caminho.A organização da prova é responsável por transportar os equipamentos, como bicicletas e barcos, e as provisões dos atletas entre os pontos de PC e AT.Mesmo sem o percurso exato, já se sabe que eles passarão por muitos pontos icônicos da Chapada Diamantina, como o mítico Vale do Pati e o Morro do Pai Inácio (mas de um modo inusitado!). E que haverá mais uma modalidade surpresa.

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