Médicos e bombeiros se unem para realizar sonho de pacientes

Maria da Penha Rosa de Oliveira, de 49 anos, sonhava em conhecer o Convento da Penha, em Vila Velha, e fazer um passeio em um shopping

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Enfrentar um processo de internação hospitalar não é tarefa fácil, mas o período pode ser menos doloroso quando o paciente conta com a ajuda e a solidariedade de amigos, familiares e da equipe médica. Para garantir alegria e diversão a quem está “preso em um hospital”, médicos e bombeiros estão se unindo para realizar o sonho de pacientes internados.Quem se beneficiou dessa parceria foi a paciente Maria da Penha Rosa de Oliveira, de 49 anos, que sonhava em conhecer o Convento da Penha, em Vila Velha, e fazer um passeio em um shopping. Ela nasceu com malformação congênita do tipo espinha bífida e nunca conseguiu andar, porém, com o passar dos anos, o quadro se agravou e há cerca de um ano ela está acamada. Atualmente internada no Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), em Cariacica, ela revelou o sonho escondido.Felipe Goggi, diretor do HEAC, conta que Maria nasceu com essa malformação e que ela tinha uma perspectiva de vida pequena, segundo os médicos da época.“Ela nunca teve mobilidade nas pernas, mas foi sobrevivendo mesmo com o diagnóstico. Hoje, já acamada, compartilhou esse sonho. Ela é de Viana, mas para além da limitação clínica, tem também uma limitação financeira”.Para realizar esse sonho, a equipe de assistência hospitalar e do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) se uniram em uma verdadeira força-tarefa. A irmã de Maria da Penha, Lionária Rosa de Oliveira, de 46 anos, conta que a irmã ficou feliz em realizar o sonho. “Sempre foi o sonho dela visitar o Convento. Nossa família é católica e somos bem fervorosos. Ela queria visitar esse local sagrado pois é devota de Nossa Senhora, mas nunca conseguiu”.

Paciente olha vista da cidade de Vila Velha do alto do Convento da Penha

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Acolhimento auxilia na recuperaçãoA atenção humanizada e a assistência a quem está em internação hospitalar podem contribuir para a melhora do quadro clínico do paciente. A psicóloga Jhienifer Virginio Barbosa conta que ações de humanização oferecem um espaço de acolhimento. “Além disso, proporcionam uma escuta em um momento de angústia. Isso pode contribuir com o processo de recuperação, porque o paciente passa a enfrentar melhor o processo de internação hospitalar, já que ele também passa a melhorar o aspecto de bem-estar no geral”.O operador de ponte rolante Rodrigo Camara Gomes, 35 anos, sofreu um acidente e teve 75% do corpo queimado. Ele está internado no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, há cerca de 40 dias, e falou sobre o desejo de fazer algo especial para comemorar o aniversário de 11 anos de casamento com a esposa, Jheniffer Fabem Ferrugine, 31.O pedido foi atendido. Na última sexta-feira, o casal foi recebido com uma cesta de café da tarde. “Receber essa surpresa me faz ter mais coragem para continuar enfrentando essa batalha. Dar um respiro em meio ao caos”, conta.

Rodrigo Gomes, que está internado há 40 dias, comemorou 11 anos de casado com Jheniffer Fabem no hospital

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