Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por Erika Hilton (@hilton_erika)VistoA parlamentar Erika Hilton, que é mulher trans, desistiu de viajar aos Estados Unidos (EUA) para uma palestra após perceber a alteração do seu gênero para o masculino nos documentos.A deputada tinha uma palestra marcada na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusett, mas após notar erro no visto desistiu e afirmou que iria acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) com a acusação de transfobia por parte dos EUA.
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Em resposta, a Casa Branca disse que o governo norte-americano considera apenas os sexos masculino e feminino, desde sua concepção, sem possibilidade de mudança.“A Embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de vistos são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, diz a nota à imprensa.Queixa de outra parlamentarA deputada federal e mulher trans, Duda Salabert (PDT-MG), relatou também ter tido o visto para os Estados Unidos alterado para o gênero masculino, após pedido de renovação do documento que estava vencido.A parlamentar tinha como objetivo da renovação, atender a um convite da Universidade de Harvard para fazer um curso sobre políticas públicas no próximo mês. A deputada relatou que todos os documentos apresentados ao governo estavam todos no feminino, mas que o consulado estadunidense notou o reconhecimento público brasileiro de Duda Salabert como pessoa trans.A deputada reafirmou a questão da soberania nacional também apontada por Erika Hilton. “Mais do que transfobia, há uma questão de soberania nacional envolvida: não cabe ao governo dos EUA discordar e refutar os documentos do Brasil”, acrescentou Duda Salabert.