“Ambientalismo sem cuidar de gente é paisagismo”, avalia porta-voz da Rede na Bahia

Aproximar o partido da base. E, sobretudo, ampliar a base do partido. Esse é o principal objetivo do novo Porta-voz da Rede Sustentabilidade na Bahia. Marcelo Carvalho, presidente estadual da União Geral dos Trabalhadores (UGT), foi eleito numa convenção conturbada e toma posse no dia 7 de junho.O trabalho, no entanto, já começou. Marcelo, que também foi eleito secretário nacional de movimentos sociais, quer conversar com todos os vereadores eleitos pelo partido, além de outras centrais sindicais e entidades de moradia popular, movimento negro, indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais.”Queremos aumentar o acesso ao partido, torná-lo um partido grande, discutir políticas com a base social do país”, projeta o Porta-voz. Marcelo lembra que a corrente ecossocialista da Rede recebeu 76% dos votos na convenção nacional e defende que é preciso debater ‘com quem mais precisa’ a pauta do meio-ambiente, ‘ com comida na mesa, renda e trabalho’.Partido de gaveta”A gente acha que movimento ambientalista sem cuidar de gente é paisagismo”, afirma o futuro líder da Rede na Bahia. Para Marcelo, o partido sofre de ‘falta de militância’ e precisa recuperar, ou reconstruir, sua identidade.”Virou um partido de gaveta. Com gente que aponta para a esquerda mas faz aliança com a direita”, diz o dirigente, referindo-se à aproximação da legenda com Léo Prates (PDT), lembrando que o deputado faz parte da base de ACM Neto.Marcelo Carvalho também critica o que chama de ‘ambientalismo da Faria Lima’ no plano nacional, denunciando o que considera a privatização de parques nacionais na gestão da Ministra Marina Silva, sob a forma de concessões.Marina foi derrotada nas eleições da Rede na Bahia e no diretório nacional na disputa interna com a ex-senadora Heloísa Helena. Ela e outras lideranças do partido têm sinalizado a saída do partido em função da mudança no comando.Marcelo não defende a saída de quadros do partido e nega perseguição, mas crê que os que tentaram judicializar as eleições internas devem respondera processos no conselho de ética da legenda. Em paralelo, o novo porta-voz tem como meta abrir 150 diretórios municipais para se juntar aos 80 já existentes e aposta em lideranças sindicais para eleger um deputado estadual e um federal nas eleições do ano que vem.
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