Mártires de Cunhaú e Uruaçu se tornaram santos sob papado de Francisco

O Papa Francisco, morto nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, foi o responsável pela canonização dos 30 mártires de Cunhaú e Uruaçu. A cerimônia aconteceu em outubro de 2017 e foi realizada no Vaticano.

Mártires de Cunhaú e Uruaçu é o título dado aos 30 cristãos que foram martirizados em dois massacres no interior do Rio Grande do Norte em 1645, no contexto das invasões holandesas no Brasil. O primeiro ocorreu na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama, e o outro em Uruaçu, comunidade do município de São Gonçalo do Amarante.

Foto: Getty Images

Os Santos Mártires foram canonizados em 15 de outubro de 2017, em cerimônia presidida pelo Papa Francisco na Praça São Pedro. O evento foi acompanhado por fiéis e autoridades civis e da Igreja que também acompanharam o processo de canonização dos mártires de Cunhaú e Uruaçu, Padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outras 27 pessoas. Cerca de 35 mil pessoas participaram da celebração presidida pelo Papa Francisco, incluindo mais de 400 potiguares que viajaram até Roma.

Como foi a cerimônia

A canonização teve a participação do prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Ângelo Amato, que fez o pedido ao Papa para os que os 35 beatos (30 brasileiros, três mexicanos, um italiano e um espanhol) fossem inscritos no livro dos Santos. Logo após, foi feita a leitura de suas biografias e a recitação da ladainha dos santos. O Papa leu a fórmula de canonização, que disse o seguinte: 

“Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa, depois de termos longamente refletido, implorado várias vezes o auxílio divino e ouvido o parecer de muitos irmãos nossos no episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos: André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus 27 companheiros; Cristóvão, Antônio e João; Faustino Miguez; Ângelo D’Acri e inscrevemo-los no Catálogo dos Santos, estabelecendo que, em toda a Igreja, sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Na época, o então Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e os padres Júlio César Souza Cavalcante e Murilo Paiva — respectivamente vice-postulador e capelão dos Mártires — participaram da cerimônia na Santa Sé. Um dia antes, Dom Jaime presidiu uma celebração eucarística na Basílica Vaticana, com cantos da celebração que foram entoados pela Camerata de Vozes, ligada à Fundação José Augusto, do Governo do Rio Grande do Norte. A camerata, sob regência do Monsenhor Pedro Ferreira, da Arquidiocese de Natal, também fez uma apresentação no dia 15, na Praça de São Pedro, antes do início da celebração de canonização.

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