Defesa de general nega plano para matar Lula e Alckmin

A defesa do general da reserva Mario Fernandes, negou que tenha sido apresentado qualquer plano para a execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O chamado ‘núcleo dois (2)’ do inquérito da tentativa de golpe de Estado é julgado pela Corte nesta terça-feira, 22.O advogado Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo contestou, ao apresentar a defesa, a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e afirmou a Alexandre de Moraes desconhecer o documento com os passos do processo que culminaria na derrubada do regime democrático.“Ministro Alexandre de Moraes, sempre com muita referência eu me dirijo a Vossa Excelência. Eu tive o cuidado de ver, rever e ouvir o depoimento do dia 21 de novembro que Vossa Excelência presidia. Com relação à validade e eficácia desse negócio jurídico personalíssimo, discutiremos a tempo e a modo, mas quero dizer que é fato incontroverso, é dever de lealdade deste advogado, eu não tenho tempo de passar na tela o que digo a Vossas Excelências, mas é dever de lealdade e respeito desse advogado, essa minuta não foi apresentada a quem quer que seja. E a repercussão material jurídica penal desta conclusão será discutida no devido processo legal”, afirmou o advogado durante o julgamento.

Núcleo 2 do golpeSão julgados nesta terça, 22, seis nomes do chamado ‘núcleo dois (2)’ da trama que tinha como objetivo final executar um golpe de Estado. Além do general, que é ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, também estão sob análise do STF os seguintes nomes:Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro;Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e delegada da Polícia Federal;Filipe Martins, ex-assessor da Presidência da República;Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça.A primeira etapa do julgamento decidirá se o grupo se tornará réu pelos crimes de dano qualificado, deterioração de patrimônio público, envolvimento em organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.