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A relação entre os dois era conturbada. Em 2016, o Papa criticou a proposta de Trump, então candidato à presidência dos EUA pela primeira vez, de construir um muro na fronteira com o México.”Quem pensa apenas em construir muros, onde quer que estejam, e não em construir pontes, não é cristão”, declarou o Papa Francisco na oportunidade.“É vergonhoso que um líder religioso questione a fé de uma pessoa”, respondeu Trump.Em 2017, já como presidente em seu primeiro mandato, Trump viajou ao Vaticano e se encontrou oficialmente com o Papa Francisco, resultando em uma conversa amistosa.”Ele é incrível. Tivemos um encontro fantástico”, disse Trump na época.DeportadosEm fevereiro, já no atual mandato de Trump, o Papa Francisco, mais uma vez, fez uma rara repreensão pública a políticas de Estado. Em uma carta pública aos bispos católicos dos EUA, o Pontífice descreveu o programa de deportações em massa como uma “grande crise”.”O ato de deportar pessoas que, em muitos casos, deixaram suas terras por motivos de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do meio ambiente, fere a dignidade de muitos homens e mulheres, e de famílias inteiras, e os coloca em um estado de particular vulnerabilidade e indefesa”, escreveu o Papa.Para aplacar as discordâncias, o governo americano mandou para um encontro com o Papa, neste domingo, 20, seu vice-presidente, J. D. Vance, que é católico. Foi a última reunião oficial de Francisco com um representante de Estado antes de morrer.