Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Apostolado Cardeal Sarah (@cardealsarah)Atualmente, um dos nomes mais cotados ao papado é o Cardeal Robert Sahrah, de 79 anos. Sua coragem e habilidade diplomática lhe renderam respeito internacional, culminando em sua nomeação como Prefeito da Congregação para o Culto Divino (2014-2021) pelo Papa Bento XVI. E o que mais chama atenção é sua origem: A Africa. Aliás, em toda a história apenas três papas foram africanos. Fato que não acontece há mais de 1.500 anos. Eles foram: São Vitor I, São Melquiades e Gelásio I.SOBRE ROBERT SARAHNascido em 1945 na Guiné, então colônia francesa, Robert Sahrah cresceu em uma família que se converteu do animismo ao catolicismo. Ordenado sacerdote em 1969, enfrentou a perseguição do regime marxista de Ahmed Sékou Touré, que confiscou propriedades da Igreja e prendeu líderes religiosos. Como arcebispo de Conacri aos 34 anos, Sahrah tornou-se um símbolo de resistência, defendendo a independência da Igreja frente à opressão política.Sarah é um dos expoentes máximos do conservadorismo católico. Durante seu mandato no Vaticano, promoveu a liturgia tridentina (em latim) e defendeu a celebração da missa “ad orientem” (com o sacerdote voltado para o altar), práticas que, para ele, restauram a sacralidade do culto. Em seus livros, como “Deus ou Nada” e “A Força do Silêncio”, Sarah critica o secularismo e o relativismo, enfatizando a necessidade de recentrar a fé em Deus e na tradição.
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Apostolado Cardeal Sarah (@cardealsarah)Veja os outros cardeais que estão entre os mais cotados para assumir o cargo:ANDERS ARBORELIUS, 75 (SUÉCIA)Bispo de Estocolmo, já foi considerado um modelo pelo papa Francisco, por sua capacidade de diálogo. É a favor de mais abertura para divorciados, mas contra o diaconato feminino. Nomeado por Francisco em 2017.ANGELO BAGNASCO, 82 (ITÁLIA)Mais velho da lista, é arcebispo emérito de Gênova. É considerado um bom nome entre os que esperam pela volta de um italiano conservador ao papado. Nomeado por Bento 16 em 2007.CHARLES BO, 76 (MIANMAR)Arcebispo de Yangon, maior cidade e antiga capital de Mianmar, é considerado um candidato forte em temas de injustiça social e diálogo entre religiões. Nomeado por Francisco em 2015.JEAN-MARC AVELINE, 66 (FRANÇA)Arcebispo de Marselha e nascido na Argélia, é apontado como um preferido do próprio Francisco, especialmente por sua defesa dos imigrantes. Nomeado por Francisco em 2022.LUIS ANTONIO TAGLE, 67 (FILIPINAS)Arcebispo emérito de Manila, desde 2019 tem cargo na Cúria Romana, a cúpula do Vaticano. Atualmente, é pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Considerado o “Francisco asiático”, compartilha a visão do papa em temas como ecologia. Nomeado por Bento 16 em 2012.MALCOLM RANJITH, 77 (SRI LANKA)Arcebispo de Colombo, capital do Sri Lanka, é outra aposta entre a ala tradicional e conservadora do clero, com o diferencial de estar na Ásia e se alinhar à defesa do meio ambiente como Francisco. Nomeado por Bento 16 em 2012.MATTEO ZUPPI, 69 (ITÁLIA)Presidente da Conferência Episcopal Italiana, equivalente à CNBB brasileira, e colaborador do papa em temas internacionais. Foi escolhido como mediador na Guerra da Ucrânia, enviado a Kiev e Moscou. Nomeado por Francisco em 2019.PÉTER ERDO, 72 (HUNGRIA)Arcebispo de Budapeste, é visto entre os círculos conservadores da Igreja como um nome para se contrapor às ideias de Francisco. Nomeado por João Paulo 2º em 2003.PIERBATTISTA PIZZABALLA, 59 (ITÁLIA)Mais jovem da lista, chefia o Patriarcado Latino de Jerusalém. Há mais de 30 anos vive na Terra Santa e conhece profundamente os temas do Oriente Médio, outro assunto caro ao papa. Nomeado por Francisco em 2023.PIETRO PAROLIN, 70 (ITÁLIA)Frequentemente citado como papável pela imprensa especializada, desde 2013 é secretário de Estado da Santa Sé, responsável pela diplomacia da Igreja. Nomeado por Francisco em 2014.WILLEM EIJK, 71 (HOLANDA)Arcebispo de Utrecht, é um nome estimado entre os conservadores por suas posições pró-vida, em temas como eutanásia. É contra a bênção a homossexuais, por irem contra a ordem de criação de Deus. Nomeado por Bento 16 em 2012.