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As tarifas devem afetar negativamente os lucros tanto das montadoras quanto dos fornecedores de peças automotivas. De acordo com analistas do Goldman Sachs, quase metade dos 16 milhões de veículos comercializados nos Estados Unidos no último ano foi importada, com valor total superior a US$ 330 bilhões.Em fevereiro deste ano, foram anunciadas tarifas de 25% sobre produtos vindos do México e do Canadá — países que fazem parte da cadeia de fornecimento da indústria automotiva dos EUA. Na ocasião, o CEO global da Ford, Jim Farley, alertou o Congresso americano de que essas taxas poderiam causar sérios danos ao setor automobilístico nacional.A Ford não é a única empresa americana prejudicada por mudanças nas exportações para a China. O governo chinês suspendeu a importação de aviões da Boeing, levando a empresa a repatriar suas aeronaves para os Estados Unidos.Entre as montadoras, a Ford tende a ser uma das menos atingidas pelas tarifas, já que cerca de 80% dos veículos que comercializa no mercado americano são fabricados localmente. Ainda assim, a empresa será afetada, pois modelos como a picape Maverick, o SUV Bronco Sport e o Mustang Mach-E elétrico são montados no México.Mesmo com impacto reduzido, a Ford pode repassar os custos ao consumidor e aumentar os preços dos veículos novos, conforme indica um memorando interno enviado a concessionárias e divulgado pela Reuters.Nesta semana, Donald Trump sinalizou a possibilidade de alterar as tarifas sobre veículos, sugerindo que pode haver isenções em alguns dos tributos atualmente em vigor.